Saiba como usar brinquedos no desenvolvimento cognitivo infantil

Veja como aproveitar a empolgação da criança para dar brinquedos que incentivam o desenvolvimento cognitivo

Só quem já passou pela experiência de comprar um brinquedo educativo sabe que a tarefa não é tão simples quanto parece. Apesar de muitas embalagens trazerem a idade indicada para aquele produto, nem todos eles são desenvolvidos para estimular o lado cognitivo da criança.

Além da questão educativa, ainda resta a dúvida se aquele brinquedo será de interesse dos pequenos ou estará fadado a juntar pó no canto do quarto.

Crianças adoram brinquedos

Crianças brincam com qualquer coisa?
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Crianças brincam com qualquer coisa?

O portal Novos Alunos, do SEB (Sistema Educacional Brasileiro), dá algumas dicas para quem quer entender quais são os brinquedos que incentivam o desenvolvimento cognitivo.

Segundo o site, quando os estudiosos falam em desenvolvimento cognitivo, eles se referem ao aperfeiçoamento de uma gama de habilidades e competências mentais. Essas capacidades precisam ser refinadas e lapidadas a partir de seu estado bruto.

Essas dicas do portal Novos Alunos usam como fundamento a teoria do francês Jean Piaget, que procurou em identificar as fases do desenvolvimento infantil. Para ele, as crianças passam por estágios sucessivos e, em cada um deles, determinadas habilidades são desenvolvidas. Os estágios são:

  • inteligência sensório-motora: de 0 a 2 anos;
  • pré-operatória: de 2 a 7 anos;
  • operatório concreto: de 7 a 12 anos;
  • operatório formal: a partir dos 12 anos.
Como acertar no brinquedo certo para a idade certa?
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Como acertar no brinquedo certo para a idade certa?

Cada estágio estaria relacionado a certas necessidades e potencialidades, e, portanto, demandaria estímulos específicos. É importante notar que, para Piaget, era preciso que um aspecto cognitivo estivesse completamente desenvolvido para que a criança passasse à próxima fase. Sua teoria, portanto, pressupõe uma espécie de escalada evolutiva fixa e irreversível.

Recém-nascidos

Nos primeiros meses de vida do bebê, o ideal é oferecer brinquedos que o ajudem a adquirir as habilidades motoras mais básicas. Para isso, móbiles de todo tipo, mordedores e bonecos macios são perfeitos.

Tudo o que puder ser agarrado, apertado e levado à boca poderá ajudar o pequeno a se desenvolver. Isso porque, pouco a pouco, ele perceberá diferentes cores, pesos, sabores e texturas, desenvolvendo a resposta mais adequada a cada uma dessas variações. Mais tarde, ele passará a nomeá-las.

Até dois anos de idade

Essa é a idade certa para começar a entender as relações de causa e efeito, por isso, brinquedos de encaixar, com portas e compartimentos que abrem e fecham, ou botões de apertar, são excelentes. Além deles, tapetes para brincar no chão, carrinhos de empurrar e outros que incentivem o pequeno a se mexer, a sentar-se e a dar os primeiros passos são boas opções também.

Entre dois e cinco anos

Depois de dominar a coordenação motora grossa, chegou a hora de refinar essa habilidade. Brinquedos menores (mas sem peças que possam ser engolidas, certo?), lápis de cor, massinha, pincéis e outros com os quais a criança precisa usar os dedos — e exercer a criatividade — são ideais.

Aqui, já é possível introduzir os primeiros jogos mais complexos e com regras: jogo da memória, quebra-cabeças com peças grandes e dominó, por exemplo, contribuem para o desenvolvimento cognitivo e motor.

A partir dos seis anos

O início da alfabetização e o maior domínio das habilidades motoras e cognitivas amplia bastante o leque de brincadeiras de que a criança pode participar.

Nessa fase, os brinquedos devem estimular a prática de atividades físicas (como bicicleta, patins, bolas, jogo de boliche, etc.), a socialização (jogos de times ou brinquedos populares na escola, por exemplo) e a criatividade (kits de desenho, fantasias e livros infantis). Quebra-cabeças mais complicados, jogos de tabuleiro e, até mesmo, videogames também são bem-vindos!

No entanto, saiba observar que tipo de postura os brinquedos estimulam em seu filho. Se a maioria de seus brinquedos o encoraja a adotar uma postura passiva (como assistir televisão, por exemplo), converse com ele sobre isso e incentive-o a buscar fontes de diversão mais ativas.

Para ler o texto completo, acesse o site Novos Alunos.

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