App conecta motoristas e passageiras mulheres nas ruas de SP

Semelhante ao Uber, Lady Driver foi criado após episódio de assédio sexual vivido pela idealizadora do aplicativo

Uma pesquisa recente, divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid, aponta que 86% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de assédio. Tem a quinta maior taxa de feminicídio – crime de ódio resultante da opressão e assassinato de mulheres motivado por um fator determinante: o machismo.

E neste cenário pautado pela violência e medo, a tecnologia se apresenta como importante aliada no combate à perseguição sofrida pelas mulheres em todo o país. Gabriela Correa é parte deste retrato. Em 2016, ao chamar um táxi por aplicativo, foi assediada pelo motorista. Episódio que a motivou a buscar uma resposta para aquela violência, evitando que outras mulheres passassem pela mesma situação.

Assim surgiu o aplicativo Lady Driver, um dispositivo de mobilidade urbana criado para atender especificamente mulheres: passageiras e motoristas. “Além das passageiras, descobri que as motoristas também se sentiam muito carentes por esse serviço. Elas não se sentiam acolhidas nos aplicativos comuns”, justificou Gabriela em entrevista à Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.

Desde sua criação, a Lady Driiver conta com 15 funcionários e mais de 2 mil motoristas cadastradas. Para chegar nesse número, foram atrás de mulheres que buscavam mais segurança em suas corridas.

Igualdade de gênero no mercado e independência financeira 

Para se tornar um colaborador da empresa, o Lady Driver exige alguns pré-requisitos para a aprovação. Assim, todas as profissionais cadastradas devem ter carteira de motorista com a declaração EAR (exerce atividade remunerada), o veículo deve possuir ar condicionado, ter quatro portas e com ano de fabricação acima de 2008. Além disso, a empresa também pesquisa os antecedentes criminais da mulher. Confira a matéria completa no site da Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.