A história da PHD que inspira a reciclagem do lixo no Líbano

Com informações da BBC Brasil

Zeinab Mokalled abandonou a vida acadêmica para se dedicar à coleta e reciclagem do lixo em uma cidade ao sul do Líbano. Tudo começou há quase 20 anos, quando o país começou a enfrentar os primeiros problemas causados pelo excesso de detritos e a falta de políticas públicas para a questão.

Entre as décadas de 1980 e 1990, Zeinab, que ostentava o posto de PHD, justificou na prática que, muitas vezes, a omissão do governo pode inspirar a mobilização popular, ao melhor estilo “faça você mesmo”.

Professora aposentada reuniu mulheres de seu vilarejo para lidar com a crise do lixo
Professora aposentada reuniu mulheres de seu vilarejo para lidar com a crise do lixo

Em um cenário marcado pela sujeira nas ruas e crianças imundas pelo descaso, Zeinab relembra as décadas de 1980 e 1990, época em que Israel ocupou parte do sul do país, durante 15 anos.

A invasão militar causou a interrupção do recolhimento de resíduos e, consequentemente, o acúmulo do lixo. Foi quando ela pediu ajuda ao governador local.  Em resposta, ouviu: “Por que você se importa? Não somos Paris”, respondeu ele. “Eu soube naquele dia que eu tinha que fazer algo eu mesma”.

A revolução do lixo

Diante de um cenário pouco motivador, Zeinab reuniu as mulheres do seu vilarejo para resolver a questão. Assim, saíram de porta em porta para falar sobre a iniciativa e, numa ação de empoderamento feminino, deu início a maior campanha de reciclagem doméstica do Líbano.

Sem equipamento e infraestrutura par pôr o plano em prática, o projeto teve início quando Khadija Farhat, amiga de Zeinab, comprou um caminho com o dinheiro do próprio bolso. Para dispensar os dejetos, elas usaram o jardim de Zeinab como depósito.

E mesmo diante da incredulidade quanto ao futuro do projeto, 19 anos depois a coleta ainda é realidade – mesmo sem apoio popular ou governamental. A saída, segundo notícia divulgada pela BBC Brasil, vem da colaboração anual de cerca de R$ 130 por ano.

Inicialmente, o trabalho de reciclagem se dava por meio da reciclagem de vidro, papel e plástico. Tempos depois ampliaram a coleta para lixo eletrônico, com a ajuda de um especialista em compostagem, levando em conta as condições secas e quentes do sul do Líbano. Confira a matéria na íntegra no site da BBC. 

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