Dia da mulher é todo dia: conheça a situação da mulher no Brasil!

Os dados da pesquisa da Workana falam por si só, mostrando as diferenças substanciais na renda e as condições de trabalho entre homens e mulheres

Em 1911, foi realizada a primeira comemoração do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. 106 anos depois, algumas coisas mudaram, mas quanto mudou?

Estima-se que mais de um milhão de pessoas saíram nas ruas na Alemanha, Áustria, Dinamarca e Suíça com os principais lemas: exigir o direito de voto, direito ao trabalho, aos cargos públicos, capacitação profissional e contra a discriminação laboral. Em todos os países da América Latina o direito de voto foi cedido, mas e o resto das exigências?

Estudos anuais da ONU, OIT, CEPAL, IBGE, Portal Brasil e do Banco Mundial revelam dados preocupantes, embora se tenha conseguido um progresso significativo, as mulheres continuam ganhando menos que os homens, têm menor acesso a oportunidades de trabalho e suas possibilidades de crescimento profissional ainda são limitadas.

A diferença salarial vem diminuindo, mas tenha em mente que as mulheres com um trabalho “formal” e com contrato assinado ainda são minoria. É uma dura realidade que ainda mostra que:

Diariamente as mulheres dedicam pelo menos 3 horas a mais que os homens para desempenhar as tarefas domésticas. E além do mais:

Mesmo assim, 64% dos homens acreditam que as mulheres têm as mesmas oportunidades que eles para se desenvolver profissionalmente e alcançar a independência econômica.

O dado anterior vem de um pesquisa realizada pela Workana, Feito na América Latina e VidaFree.La com mais de 5.000 latino-american@s (empreendedor@s, empregad@s e freelancers) para conhecer melhor as suas condições de trabalho e as diferenças de gênero. Este relatório será publicado nos próximos dias e se deseja saber mais sobre ele, esteja atento às novidades no Twitter.

Então elas têm as mesmas oportunidades que os homens para conseguir a independência financeira e o desenvolvimento profissional?

Ao analisar as diferenças na remuneração d@s entrevistad@s que trabalham como empregados, descobrimos que:

9.4% dos homens dizem que ganham entre USD 2000–4000, enquanto que apenas 6% das mulheres obtém esse salário. Considerando, também, que apenas 9% das grandes empresas são chefiadas por mulheres e que apenas em 21% das empresas localizadas na América Latina possuem mulheres em cargos gerenciais, fica claro que ao se tratar de renda, mesmo realizando as mesmas tarefas, estando preparadas e capacitadas igualmente aos seus pares masculinos, ainda assim existe uma desvantagem.

A maternidade é outra das grandes restrições, já que infelizmente (digo infelizmente porque é triste e lamentável saber que a sociedade permite algo assim) as mães se tornam vulneráveis.

Das profissionais entrevistadas, 61% têm filhos. No seguinte quadro podemos ver quantos dias de licença maternidade a lei de alguns países concede:

No entanto, ser mãe é muito mais do que dar à luz, então o desenvolvimento profissional fica condicionado pela criação dos filhos.

Mesmo trabalham, 49% das mulheres devem cuidar dos seus próprios filhos e apenas 9% dos seus parceiros cuidam dos filhos enquanto elas exercem as suas funções profissionais. Por outro lado, apenas 2% dos homens que trabalham, cuidam dos seus filhos.

Os dados falam por si só, mostrando as diferenças substanciais na renda e as condições de trabalho, mas o dado ainda mais preocupante é este:

74% das mulheres já viu algum tipo de assédio / discriminação no ambiente de trabalho.

Falta muito ainda para que possamos dizer que homens e mulheres têm as mesmas oportunidades de desenvolvimento profissional.

Conhecendo melhor a mulher profissional da América Latina

  • 47% são universitárias graduadas, 26% têm pós-graduação e 16% têm ensino superior.
  • 88% dedicaram horas do seu tempo para sua formação profissional em 2016 e entre elas 18% gastaram mais de 100 horas para isso.
  • 18% são freelancers em tempo integral.
  • 9% são empreendedoras.
  • 38% são empregadas.

Então, depois de 106 anos de luta, as oportunidades laborais e de desenvolvimento profissional são evidentemente desiguais. Não é justo que alguém tenha menos ingressos e possibilidades de crescimento por seu gênero, cor de pele, idade, crença ou a falta dela, sexualidade, nacionalidade ou qualquer outro fator que não sejam suas qualidades e competências profissionais.

“À medida que sejam mais livres aqueles que me rodeiam e sua liberdade seja mais profunda e ampla, mais extensa, profunda e ampla será a minha” Mijail Bakunin.

O trabalho independente e remoto, o freelancing, também oferece um número crescente de oportunidades. Novas profissionais e habilidades surgem com as novas tecnologias. As plataformas de freelancing como Workana e Upwork ofertam diariamente projetos (trabalhos freelance) de clientes de qualquer lugar do mundo e para serem realizados por profissionais de qualquer parte, o freelancing oferece autonomia (de tempos e funções) e outra forma de viver.

A medida que o empreendedorismo e o trabalho independente sejam mais acessíveis e com melhores condições, o trabalho como empregado também será forçado a melhorar ou senão perderá o atrativo para os profissionais.