MEI bate recorde no Brasil e motivo não é dos melhores: entenda

Segundo reportagem divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, no último dia 25, desde 2010 o Brasil não registrava tantas empresas abertas como nos três primeiros meses de 2016.

Informações do Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas dão conta de que, apenas no primeiro trimestre do ano, foram contabilizados 516 mil novos casos de negócios: equivalente a 7,5% a mais do que foi registrado no ano anterior quando 480 mil empresas foram abertas.

O vertiginoso aumento é dado pelos recentes registros de microempreendedores individuais (MEI’s), que respondem por 413.555 novas empresas – 80% do total de empresas abertas. No ano passado, quase 363 mil novos MEI’s foram abertos.

Especialistas credenciam surgimento de empresas à crise econômica

Criado em 2008 pelo governo federal para incentivar a formalização de pequenos empreendedores, o MEI possibilita que os registrados contribuam com a previdência, mediante a criação de CNPJ e emissão de nota fiscal. Apesar disso, o aumento de novos empreendedores indica um cenário de desemprego em alta, baseado na falta de oportunidades no mercado de trabalho formal.

Segundo a reportagem, a maioria do MEIs iniciou atividades no setor de serviços, o que representa empreendimentos com pouca barreira de entrada e investimento baixo como salões de beleza, comércio de cosméticos e reparos e reparos e manutenções domésticas.

Na opinião do economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o cenário desfavorável permanecerá enquanto permanecer a crise econômica. “O sujeito está no desespero. Perdeu o emprego, precisa consumir, precisa ter acesso a serviços básicos. Ele tenta de alguma forma recuperar a renda perdida”, diz Bentes. Confira a matéria na íntegra.