11 séries com protagonismo negro para maratonar
Religião, música, política, feminismo, machismo, assassinatos e outros temas importantes fazem parte dos episódios
Quem é maluco por séries não pode deixar de adicionar 11 novos conteúdos para a lista de maratonas e, de quebra, refletir sobre racismo, representatividade, machismo, feminismo e diversidade ao assisti-las.
Se você não é tão fã assim de séries, pode começar por “Cara Gente Branca”, por exemplo, que tem episódios curtos. Se atende à primeira característica, “How Get Away With Murder” é uma ótima opção.
Personalidades conhecidas dirigem e atuam em muitas delas: Oprah Winfrey, Shonda Rimes, Viola Davis, Carl Lucas e por aí vai… A verdade é que tem mistério, aventura, registros documentais, comédia, suspense… Ou seja, séries de vários gêneros e temas. Aproveite!
São sete temporadas perfeitas para você entender o que Shonda Rimes é capaz de inventar. Produzida pela ABC e o Shondaland, a série fala muito sobre uma mulher negra na política (Olivia Pope) , que é inteligentíssima quando o assunto é desvendar mistérios. Rola romance e muito, muito drama mesmo.
Sinopse: Uma poderosa equipe de advogados de Washington faz escândalos desaparecerem e soluciona crises no governo enquanto lida com seus próprios problemas.
A série é um combo de tapa na cara da sociedade. Ela trata de duas coisas bem importantes e atuais: o abuso sexual e a corrupção religiosa e política. Também fala sobre traição e homossexualidade. A produção faz parte do canal Oprah Winfrey Network, e a apresentadora também atua nos episódios. Praticamente todo o elenco é estrelado por pessoas negras.
Sinopse: A família Greenleaf administra uma megaigreja em Memphis (Tennessee), mas seu trabalho e suas vidas pessoais são contaminados por ganância, adultério e outros pecados.
O império que dá nome ao seriado é o do Hip Hop e familiar. A série liderou a audiência nos EUA em 2015 e por aqui foi exibido no canal FOX. Conta com um elenco todo negro, com uma das atrizes de mais sucesso nos últimos tempos, Taraji P. Henson.
Sinopse: Lucious Lyon é um rapper que saiu das ruas e prosperou na música. Dono da gravadora Empire, ele construiu um império no meio musical. Quando descobre ter uma grave doença, ele decide eleger um de seus três filhos _ Andre, Jamal ou Hakeem _ para ocupar seu trono. Ao mesmo tempo, Cookie, sua afiada ex-esposa, retorna, depois de passar 17 anos na prisão, disposta a recuperar tudo o que perdeu. Mas Lucious tem um passado obscuro do qual não pode fugir.
Oriunda do filme que carrega o mesmo nome, a série exaltou os ânimos de pessoas não negras quando foi lançada _ tanto nos EUA quanto no Brasil. A verdade é que muitos pontos sobre o racismo são levantados na produção. Como o assunto é velado por muitos, o barulho incomodou mesmo. É uma boa pedida pra quem gosta de episódios rápidos.
Sinopse: Alunos negros de uma conceituada universidade norte-americana enfrentam desrespeito e a política evasiva da escola, que está longe de ser “pós-racial”.
Racismo, sexo, estereótipo, amor e assuntos da vida cotidiana são ótimos motivos para que você assista à produção, que carrega um tom sarcástico das vivências que cercam mulheres negras. A verdade é que a HBO investiu em uma personagem que já existia, criada por uma atriz que fez uma websérie no YouTube, e lançou um livro chamado “As desaventuras de uma garota”.
Sinopse: Issa (Rae) e Molly (Yvonne Orj) podem ser fortes, mas precisam enfrentar muitos desafios pela frente. Por meio da amizade entre essas duas jovens negras, elas compartilham entre si o cotidiano, repleto de problemas e experiências desconfortáveis relacionadas à sua cor de pele.
Esta é a aquela família negra que conquistou com muito sofrimento o sonhado bem-estar financeiro. Andre ‘Dre’ Johnson é o pai que cresceu como ativista e quer passar seus costumes para os filhos. O humor que cerca a série está nos desafios de criar e conviver em uma sociedade americana ainda racista e, ao mesmo tempo, lidar com a falta de vontade dos filhos de seguir os passos do pai.
Sinopse: Andre ‘Dre’ Johnson está prestes a ser promovido a vice-presidente. Ele e sua esposa, a médica Rainbow, estão vivendo o “sonho americano”: ótimas carreiras, quatro lindos filhos, uma casa colonial em um bairro de classe média. Porém, Dre começa a ver sua vida perfeita de forma diferente quando descobre que está sendo promovido novamente e, na mesma semana, seu filho anuncia que quer ter um Bar Mitzvah. De repente, uma luz acende para Dre: será que o sucesso subiu à cabeça e sua família está se distanciando da própria identidade?
The black-ish moment you've been waiting for.
Posted by black-ish on Sunday, November 27, 2016
Viola Davis está há anos na mira dos americanos. Por aqui, ela despontou mesmo em “Histórias Cruzadas” e ganhou visibilidade principalmente com essa série. É impossível não querer o poder da personagem. No entanto, ser esposa de um homem branco, lidar com uma família tradicional negra e ainda ensinar advocacia aos seus alunos não é uma tarefa fácil. Talvez essa seja a série com uma protagonista negra mais feminista dos últimos tempos.
Sinopse: A advogada criminal e professora Annalise Keating se envolve em um caso de assassinato junto com cinco de seus alunos.
Quem disse que não existe super-herói negro? Luke Cage é a verdadeira ação em pessoa! A Marvel aos poucos colocou seus personagens no streaming e acertou quando um deles, por diversas vezes, explora o preconceito racial em várias falas e situações. “Não dá para não falar de racismo nessa série”, disse o produtor, Jeph Loeb.
Sinopse: Um ex-presidiário com pele indestrutível luta para limpar seu nome e salvar o bairro onde vive. Ele não queria confusão, mas a população precisava muito de um herói.
AMERICAN CRIME HISTORY: O POVO CONTRA O.J. SIMPSON
Você já deve ter ouvido falar do atleta O.J. Simpson e talvez saiba a história que ronda a vida do ex-jogador de futebol americano. O caso movimentou tanto os tribunais dos EUA que virou livro e série. O enredo ficou conhecido por gerar uma certa tensão racial no país, já que todas as provas levavam à confirmação de que Simpson tinha matado a esposa. Na época, os EUA viviam um momento de pressão por parte do movimento negro devido a muitos casos com negros mortos por policiais.
Sinopse: O julgamento de O.J. Simpson por duplo homicídio, o chamado Julgamento do Século, é dramatizado, mostrando a perspectiva da acusação e da defesa.
A série não se tornou tão popular, mas discute diversos pontos sobre a diversidade. Inclusive, a melhor amiga do protagonista Dev, Denise, é a produtora de Dear White People e levantou diversas questões também sobre sua orientação sexual, além do racismo. O interessante é que dá pra entender um pouco sobre a configuração do racismo em outros países e da xenofobia.
Sinopse: Nessa série vencedora do Emmy, Dev tenta alavancar sua carreira de ator e dar um jeito na sua atrapalhada vida sentimental.
TIME: THE KALIEF BROWDER STORY
Com a produção executiva de um dos homens negros mais ricos dos EUA, Jay-Z, a série documental conta como um jovem negro foi mais uma vez refém do sistema prisional americano. Foram 300 dias na solitária após uma confusão na prisão, além de ter cumprido pena por um crime sem provas e que não ocorreu.
Sinopse: a produção acompanha o trágico caso de Kalief Browder, um adolescente de Nova York que passou três anos na prisão sem nunca ter sido condenado.
- Acreditamos que o racismo vai acabar quando houver mais informação para a sociedade. Confira todas as reportagens especiais produzidas para o Dia da Consciência Negra aqui.