Ajude a criar um centro cultural para crianças refugiadas em SP

O refugiado Omana Ngandu Petench lançou uma campanha de financiamento coletivo para criar o centro cultural

O local vai dar aulas de música, teatro e dança para as crianças
Créditos: Catraca
O local vai dar aulas de música, teatro e dança para as crianças

Cerca de 50 milhões de crianças vivem distantes de seus países ou cidades de origem, de acordo com relatório do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). E no Brasil essa realidade não é diferente.

Foi pensando nisso que o professor congolês Omana Ngandu Petench lançou uma campanha de financiamento coletivo para criar o Centro Cultural para Crianças Refugiadas em São Paulo.

O local pretende ser um ambiente seguro para que as crianças participem de ações recreativas, socializem e aprendam. No centro, serão promovidas aulas de música, teatro e dança durante o ano todo, além de atividades turísticas aos fins de semana.

Contribua com a campanha de financiamento coletivo
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“Na cidade, há muitas famílias de refugiados com filhos pequenos e percebo que falta apoio para o desenvolvimento sociocultural dos meninos e meninas. O objetivo do centro é integrá-los a seu novo país, sem perderem suas identidades”, ressalta Petench.

Gostou do projeto? Clique aqui e veja como contribuir com qualquer quantia a partir de R$ 30. A campanha termina no dia 17 de outubro e tem como meta arrecadar R$ 110 mil.

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Refúgio

Petench é refugiado da República Democrática do Congo e desembarcou no Brasil há três anos, após lutar contra a violação de direitos humanos e ser perseguido. “Me levaram da minha casa para um campo, onde quase todos foram mortos. Mas, mesmo ferido, consegui escapar”, relata.

Em 2015, sua esposa e os cinco filhos chegaram ao país graças ao auxílio de amigos e campanhas de arrecadação. O professor de letras, formado pela Université Pedagogique Nationale, no Congo, também é o fundador da ONG Mungazi – LFCAB, cujo objetivo é prestar apoio aos refugiados em sua adaptação a uma nova realidade.

Além do apoio à integração, a organização oferece cursos de francês, inglês e suaíli, e de cultura e gastronomia africana. Estas aulas, ministradas por refugiados, funcionam como pontes, por meio das quais os alunos têm a possibilidade de acessar novas culturas, favorecendo os laços e as trocas intercomunitárias e a preservação da história africana no Brasil.

O congolês chegou ao Brasil em busca de refúgio
O congolês chegou ao Brasil em busca de refúgio

Migração infantil

Divulgado pela Unicef, o relatório “Desenraizadas: a crescente crise das crianças refugiadas e migrantes” apresenta dados preocupantes sobre a situação migratória infantil. Segundo o documento, as crianças já são mais da metade do total de refugiados em todo o mundo.

Além disso, houve um aumento do número de crianças que atravessaram as fronteiras dos países sozinhas, expostas a riscos, abusos e violência. Em 2015, mais de 100 mil meninos e meninas desacompanhados solicitaram asilo em 78 países, o que é três vezes maior do que o registrado em 2014.

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