5 dicas para estudar no exterior em tempos de crise

Cada vez mais brasileiros estão optando por fazer um curso de especialização ou de idioma fora do país. Segundo dados da Belta (Associação Brasileira de Organizações de Viagens Educacionais e Culturais), em 2014, mais de 230 mil brasileiros deixaram o país para fazer um programa de intercâmbio no exterior.

Mas, em tempos de orçamento mais apertado, como resgatar o plano de estudar fora?

Especialistas em viagens educacionais enfatizam que, com planejamento financeiro, determinação e atenção à forma de contratar a viagem, é possível realizar o sonho da experiência no exterior, em cursos que podem ser realizados durante as férias ou em semanas curtas ou prolongadas de estudo, mesmo sem comprometer o orçamento.

Apesar da alta do dólar, é possível investir na carreira e manter os planos de estudar fora do país com planejamento financeiro

Santuza Bicalho, diretoria de cursos no exterior da CVC, destaca que, ao contrário do que se imagina, os cursos no exterior têm atraído atenção do público de todas as idades.

“Se no passado, as agências especializadas focavam seus alvos no segmento jovem, hoje ampliamos o leque para democratizar o intercâmbio e embarcamos até mesmo os avós em experiências internacionais, assim como é comum fazer o intercâmbio em família”, diz Santuza.

Este comportamento mostra que, apesar da disparada do dólar nos últimos meses, que teve uma valorização de 50%, o setor de intercâmbio tem se reinventado para inserir o curso na cesta de consumo do brasileiro.

Confira cinco motivos para acelerar no sonho de ter uma experiência internacional no currículo:

1 – Nem todas as cidades são caras

Verificar a relação custo x benefício de cada cidade no exterior é importante. Não adianta o curso caber no orçamento, se o estudante tiver de cruzar o mundo e pagar, por isso, mais caro nas passagens aéreas. De acordo com um levantamento feito pela CVC, desde o ano passado os clientes têm optado por destinos onde a moeda local não sofreu grande valorização, caso de países como o Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Argentina e Chile.

De acordo com a operadora, entre os consumidores que fecharam um curso no exterior em 2015, pelo menos 50% deles optaram por estudar no Canadá, que hoje oferece a melhor relação custo x benefício, já que a cotação do dólar canadense oferece uma economia aos brasileiros de, pelo menos, 30% se comparado com o dólar americano.

2 – Conciliar férias e estudo na mesma viagem

No Brasil, todo trabalhador tem direito às férias remuneradas de 30 dias. Além de ser um incentivo a mais, conciliar a viagem de férias com uma ou mais semanas de estudo e prática de um idioma, no exterior, é uma novidade que vem sendo aderida por brasileiros de várias faixas etárias. Para otimizar a ida ao exterior, é possível curtir o destino como turista e, depois, na semana seguinte, frequentar uma escola de idiomas, fazer novos amigos e, claro, aproveitar a vivência do idioma em museus, restaurantes, passeios e assim por diante.

3 – Acomodação

Para quem vai estudar no exterior, hospedar-se em casas de família é uma das opções mais econômicas e, de quebra, o estudante-hóspede tem mais chances de treinar o idioma e interagir com a família que o acolhe. As residências estudantis também são uma boa opção e, se o estudante preferir, economiza até 30% se optar por dividir acomodação e banheiro com um colega de estudo, ao invés de ficar em quarto privativo e, além disso, em algumas habitações, o estudante ainda pode preparar as refeições in house.

4 – Estudar e trabalhar

Se a ideia é fazer um curso de média ou longa duração (mínimo de 13 semanas), por exemplo, a dica é optar por localidades onde é possível aos brasileiros trabalharem legalmente, como a Austrália e a Nova Zelândia.

Atualmente, não apenas os estudantes buscam essa alternativa de intercâmbio, como também jovens profissionais em busca de uma melhor qualificação profissional ou de um período sabático com novas experiências de vida em outro país.

5 – Planeje a viagem

O segredo do intercâmbio é o planejamento e, por isso, é importante pesquisar programas e destinos que são mais acessíveis financeiramente do que outros, fazendo com que o sonho caiba no bolso. Fechando com antecedência, além de aproveitar promoções, o intercambista pode escolher agora, ir pagando aos poucos, com parcelas durante o ano inteiro, e embarcar somente daqui a 12 ou mais meses. Operadoras como a CVC já oferecem parcelamento sem juros em até 12x sem juros e, ainda, contam com opções de embarque na baixa temporada.