Bolsonaro foi acusado por cinco irregularidades no Exército

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) admitiu em 1987 ter cometido atos de indisciplina e deslealdade para com os seus superiores no Exército.

Documentos obtidos em reportagem da Folha de S. Paulo no STM (Superior Tribunal Militar) revelam que o então capitão foi acusado por cinco irregularidades e teve que responder a um Conselho de Justificação formado por três coronéis. Ele foi considerado culpado, mas depois foi absolvido em um recurso acolhido por ministros do STM.

O processo citava dois atos: um artigo que ele escreveu em 1986 para a revista “Veja” pedindo aumento salarial para a tropa, sem consulta aos seus superiores e, meses depois, pela mesma publicação, foi feita uma afirmação de que ele e outro oficial haviam elaborado um plano para explodir bombas-relógio em unidades militares do Rio de Janeiro.

Assessoria do deputado diz que reportagem da Folha é “idiota e imbecil”
Assessoria do deputado diz que reportagem da Folha é “idiota e imbecil”

Em interrogatório de 1987, Bolsonaro assinou um documento no qual reconhece ter cometido uma “transgressão disciplinar” ao escrever para a “Veja” para pedir aumento salarial. E que, à época, não levou em consideração que seria uma deslealdade mas que, agora, acha que sim.

Em relação ao outro tópico, ele negou a autoria de qualquer plano de bombas e citou que dois exames grafotécnicos resultaram inconclusos. “Nego veementemente tal plano. Como posso provar que não o conhecia? À ‘Veja’ cabe o ônus da prova. Baseado em que elementos chegou à absurda conclusão de que eu tinha ou sabia de um plano?, disse ao jornal.

Leia a reportagem na íntegra aqui.

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