Lula diz que respeita, mas não aceita condenação

Ex-presidente reiterou que é inocente no caso do tríplex do Guarujá

O ex-presidente Lula
O ex-presidente Lula

Com informações do G1

Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso para os manifestantes que o apoiam na Praça da República, no Centro de São Paulo, na noite desta quarta-feira, 24, após a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que confirmou a sua condenação em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente do Brasil disse que respeita a conclusão do caso, porém não aceita “a mentira pela qual eles tomaram a decisão”.

“A decisão de hoje eu até respeito. O que eu não aceito é a mentira pela qual eles tomaram a decisão. Eles sabem que eu não cometi um crime. Eu me disporia a ficar com os três juízes um dia inteiro para que eles me mostrem qual é o crime que o Lula cometeu”, disse ele, segundo o portal de notícias “G1”.

Lula aproveitou a ocasião para reiterar que não cometeu nenhum dos crimes apontados no processo.

“Quero que me diga qual é o crime que cometemos. Estou condenado outra vez por um desgraçado de um apartamento que não é meu, que eu não tenho. Se me condenaram, deem o apartamento pra mim que justifica”, reafirmou ele, referindo-se ao caso do tríplex em Guarujá, litoral de São Paulo (SP).

Confira a matéria na íntegra AQUI.

Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado por unanimidade a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex.

Quais são os possíveis cenários depois do julgamento?

Em caso de absolvição, o MPF poderá recorrer da decisão do TRF-4. Em um primeiro momento o recurso sobe para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, se houver nova absolvição, ainda cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso o ex-presidente seja condenado, a defesa pode recorrer ao próprio TRF-4 de duas formas: com embargos de declaração e infringentes. O petista só pode ter a ordem de prisão expedida contra si após se esgotarem todos os recursos da própria Corte.

Eventual candidatura à Presidência

Se as possibilidades de recurso se esgotarem e a condenação for mantida pelo tribunal, Lula poderá ter o registro de sua candidatura à Presidência da República negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, que prevê que condenados em segunda instância não podem se candidatar.

Mas há uma exceção (prevista na própria lei): o condenado pode tentar obter uma liminar (decisão provisória) no STJ ou no STF para suspender a condenação e garantir o registro de sua candidatura.

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