Alunos criam buscador que mapeia remédios mais baratos

Com o objetivo de causar impacto social e ainda gerar lucro, um grupo de estudantes desenvolveu uma plataforma que reúne diversos medicamentos de custo elevado com cerca de 30% de desconto. Chamado RemediUS, o app foi fruto da reunião de 40 alunos do curso de Administração de Empresas da Universidade Anhembi Morumbi.

A ideia do aplicativo, que ainda está em fase de testes, é ligar remédios próximos da data de vencimento a pessoas com interesse no consumo imediato da medicação. “Quando o remédio está próximo de vencer, a farmacêutica precisa fazer a troca, então, com o app, eliminaríamos o custo com a logística reversa e por isso conseguiríamos um remédio mais barato”, explica a aluna Jessica Machado.

O projeto – que reuniu a sala inteira – tinha o objetivo de incentivar a produção coletiva dos alunos, segundo o professor e orientador do grupo, Ricardo Lima. “Fazer todo mundo trabalhar em uma única ideia é a primeira simulação de mercado, porque a gente entende que para os negócios darem certo tem que fortalecer a cooperação e colaboração”, comenta o professor.

A ideia contou ainda com o apoio dos alunos de Ciências da Computação, que desenvolveram o protótipo da plataforma.

Plataforma disponibiliza medicação com até 30% de desconto

A metodologia que foge do tradicional é o que chamou atenção. Durante o planejamento, o grupo trabalhou com “Design Thinking”, que propõe uma imersão no problema para buscar uma estratégia de resolução.

“A partir daí os alunos foram identificando o público-alvo e as necessidades desses pacientes que precisam ter acesso a medicamentos e tratamentos custosos. Então, pensaram em algo que fosse interessante tanto para a indústria farmacêutica, como para as farmácias”, explica o professor.

O plano de negócios dos alunos inclui fazer um levantamento de farmácias menores, que disponibilizariam suas informações na plataforma e essas, por sua vez, comercializariam a medicação no esquema de vendas coletivas. “Dessa forma, as farmácias menores ganhariam competitividade e visibilidade dentro do bairro”, acredita Jessica.