Economista engravida após tratamento de câncer

Por: Catraca Livre

Ter filhos com o marido, Marcelo, sempre foi o principal objetivo de vida da economista Heloisa Orsolini Albertotti, 32 anos. Por isso, ao receber o diagnóstico de câncer, ela não se preocupou com a doença, mas com a possibilidade de engravidar.

Dois anos depois do tratamento, com exames que apontavam que ela não tinha mais óvulos, Heloisa fez um teste de farmácia. Deu positivo. Leia a história dela abaixo e saiba mais sobre fertilidade e tratamento oncológico no site do Instituto Oncoguia.

A economista Heloisa Orsolini Albertotti com a filha, Mariana, e o marido, Marcelo

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“Em outubro de 2011, aos 28 anos, tive uma trombose e fiquei internada por uma semana. Na biópsia, o resultado foi pneumonia. Saí do hospital e tive trombose de novo em dezembro.

Fiz novos exames. Eu estava com linfoma no estágio 4, em 16 partes do corpo. Foram seis meses de tratamento e oito sessões de quimioterapia. Minha família, o [marido] Marcelo e os amigos fizeram uma rede e deram as mãos para eu poder passar.

A primeira coisa que pensei foi: ‘Será que vou engravidar? Eu quero ter filhos’. Quando terminei o tratamento, pediram para ficar de dois a três anos sem engravidar.

Fiz exame para medir estoque de óvulos. Ele mostrava que eu não tinha nenhum. Pensei: ‘Deus, quer mandar câncer, pode mandar. Mas não dizer que eu não posso ter filho’. Foi um choque. Fiz minha vida pensando em ter filhos.

O médico disse para eu fazer exames enquanto tentava engravidar naturalmente. No primeiro mês tinha cisto, no segundo, também. No terceiro, eu tinha ovulado.

No quarto mês, minha menstruação atrasou um dia e fiz exame de farmácia. Deu negativo. Liguei para meu médico e pensei: ‘Entrei na menopausa’. Ele me pediu para esperar sete dias e refazer o exame. Deu positivo.

A Mariana nasceu no ano passado, no dia 12 de novembro. Amamentei até os 11 meses.

O que eu aprendi nesse período é que a gente não tem controle sobre as coisas. Sempre tive muita fé. Acho que isso é fundamental nesse período.”

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Por QSocial