Casos de leishmaniose se espalham pelo estado de SP
Doença que pode levar à morte é causada pela picada de mosquitos
Um estudo feito na Unoeste (Universidade Oeste Paulista) aponta que a leishmaniose visceral humana tem se espalhado pelo interior paulista e avança rumo à capital. A doença não contagiosa, que se desenvolve tanto em animais como em humanos, é causada por um protozoário e transmitida pela picada de mosquitos.
O primeiro caso paulista foi registrado há 20 anos, em 1998 na cidade de Araçatuba. De lá até 2016, contraíram a leishmaniose mais de 2,7 mil moradores de cerca de 100 municípios do interior e litoral paulista, mais especificamente no Guarujá, onde duas crianças morreram no final de 2016.
O resultado do estudo visa alertar gestores públicos de saúde para manter vigilância não só nas regiões endêmicas ou potencialmente endêmicas. É que a doença se espalha de dois modos: adjacentes (cidades vizinhas) ou aos saltos (cidades distantes), com a predominância do segundo em relação ao primeiro.
A doença, se não tratada, pode levar à morte em 90% dos casos, segundo o Ministério da Saúde. Entre os sintomas da doença, destaque-se: febre prolongada, úlceras escuras na pele, aumento do baço (esplenomegalia), aumento do fígado (hepatomegalia), anemia, tosse, diarreia e perda de peso.
De acordo com site Minha Vida, parceiro do Catraca Livre, a transmissão ocorre, principalmente, pela picada no mosquito-palha, o vetor da doença que tem o cachorro como um dos hospedeiros. Vale ressaltar que os cachorros não transmitem a doença.
Hoje, a melhor forma de prevenir a leishmaniose é fazendo o controle do mosquito e impedindo que os cães também sejam picados pelo mosquito.
Tipos de leishmaniose
A leishmaniose que tem se espalhado pelo estado de São Paulo é a visceral, o tipo mais grave, já ataca órgãos internos como fígado, baço e medula óssea.
Além dela, existe a leishmaniose cutânea, que costuma ser mais comum e causa feridas na pele.
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