Novo aparelho permite que oftalmologistas examinem pacientes a distância

O jornal Folha de S.Paulo traz uma novidade que acaba de entrar em fase de teste na Unifesp. Médicos de São Paulo já estão usando, em conjunto com profissionais de Rondônia, a invenção que permite atender pacientes mesmo que a longa distância. Leia e entenda como funciona:

Uma nova abordagem de diagnóstico à distância em oftalmologia pode ser útil para ajudar milhares de pessoas em regiões distantes –e até mesmo esvaziar as filas em grandes cidades.

A tecnologia médica já permite que um profissional de saúde tire uma foto do fundo do olho de um paciente com um aparelho, que custa a partir de US$ 6 mil (R$ 19 mil), e suba a foto para a internet.

Um oftalmologista, que pode estar em qualquer lugar do mundo, acessa a foto, faz o diagnóstico e elabora o laudo.

Após isso, o paciente pode sair até com um encaminhamento para a uma cirurgia corretiva a laser, por exemplo.

No Brasil, essa tecnologia já está sendo utilizada em uma colaboração entre médicos de São Paulo e de Monte Negro, em Rondônia, cidade de cerca de 15 mil habitantes a 250 km de Porto Velho.

Um dos responsáveis é Luís Marcelo Aranha Camargo, médico infectologista e professor da USP. Ele dirige o ICB 5, centro avançada do Instituto de Ciências Biomédicas da universidade, localizado em Monte Negro –as outras quatro unidades ficam na Cidade Universitária, em São Paulo.

A ideia de Aranha era suprir a carência oftalmológica naquele município. Para isso, entrou em contato com o Rubens Belfort Jr., do Instituto da Visão, entidade sem fins lucrativos voltada para a pesquisa e a assistência criada por docentes da Unifesp em 1990.

Com a ajuda de uma ONG portuguesa, a entidade comprou um aparelho de oftalmologia à distância e alocou três médicos para examinar os olhos dos 145 pacientes de Monte Negro que aguardavam atendimento oftalmológico –a espera era de mais de três anos. Eles conseguiram, de São Paulo, zerar a fila em 45 dias. Trabalhavam sobre três fotos de cada olho e de um breve histórico clínico.

Na outra ponta, estavam médicos não especializados e mesmo alunos de medicina, que foram treinados para operar o equipamento. Leia a matéria na íntegra