Síndrome rara ligada ao zika vírus pode causar paralisia

As informações são da Folha de S.Paulo

Com o surto recente de casos de microcefalia no Brasil, que consiste em uma má-formação do cérebro que pode trazer limitações ao desenvolvimento da criança, outra complicação ligada ao zika vírus tem deixado médicos e autoridades de saúde em estado de alerta no Nordeste e em outras regiões. Chamada de síndrome de Guillain-Barré, a doença rara gera fraqueza muscular e pode causar paralisia.

Entre os sintomas típicos da síndrome estão: perda de reflexos em braços e pernas, hipotensão ou baixo controle da pressão arterial, dormência, dor muscular e movimentos descoordenados. A fraqueza muscular ou a paralisia afeta os dois lados do corpo. Na maioria dos casos, a fraqueza começa nas pernas e depois se propaga para os braços, o que é chamado de paralisia ascendente. Saiba mais sobre a doença no ‘Minha Vida‘.

O aumento dos casos da síndrome de Guillain-Barré está relacionado ao zika vírus

De acordo com a ‘Folha de S.Paulo‘, o Ministério da Saúde admite que ocorreu um avanço dos casos, mas afirma não ter os dados nacionais, pois a doença não é de notificação compulsória ao órgão federal.

Um levantamento feito pelo jornal com dados das secretarias de Saúde aponta cerca de 554 casos notificados pelos hospitais aos gestores de saúde no Nordeste neste ano. Deste número, 165 já foram confirmados e os demais estão em investigação.

O Estado com o maior número é a Bahia, com 156 casos – 65 confirmados e o restante em investigação. Depois, vem Pernambuco, com 127 registros – 46 confirmados e 81 em apuração. Outras regiões com circulação de zika também já estudam o aumento nos registros, como no Rio de Janeiro, onde há quatro casos suspeitos.

A síndrome de Guillain-Barré costuma se manifestar de quatro dias a quatro semanas após um quadro de infecção. Entre as causas mais conhecidas da doença estão o citomegalovírus e o vírus Epstein-Barr. No entanto, os novos casos têm tido exames descartados para esses agentes. Além disso, cresceu o número de relatos de uma associação da síndrome ao vírus zika, transmitido pelo Aedes aegypti.

O Ministério da Saúde diz, em nota, que a ocorrência de Guillain-Barré continua a ser investigada, mas admite que “a infecção pelo zika também pode provocar a síndrome”.

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