Teste em humanos de vacina brasileira contra zika é adiado
Por questões financeiras, o começo dos testes em humanos da vacina brasileira contra a zika será adiado para o fim do ano que vem, segundo reportagem de Carolina Ercolin para a rádio Jovem Pan.
Para dar continuidade aos experimentos dentro do prazo estipulado, os pesquisadores precisam de uma fatia generosa dos R$ 100 milhões prometidos pelo Ministério da Saúde para a produção das doses que serão testadas em humanos. Esse repasse depende de mudanças estruturais na fábrica de Biomanguinhos, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Mesmo com o atraso, uma manobra deve manter o calendário de entrega da vacina para 2021, de acordo com a rádio.
Apesar da disputa científica com outras 40 linhas de pesquisa que buscam a vacina no mundo todo, a versão nacional, desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas (Pará) em parceria com a Universidade do Texas (EUA), é uma das mais promissoras. Uma única dose foi capaz de proteger fêmeas e filhotes de ratos e macacos da microcefalia e de outras alterações neurológicas causadas pelo vírus.
O ministério confirmou o adiamento do início dos testes em humanos para setembro de 2018, em nota, e ainda declarou que os ensaios começarão apenas após a produção dos lotes clínicos, avaliações pré-clínicas e aprovação deste estudo pelo comitê de ética da Fiocruz/Biomanguinhos.
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