Apesar de melhora do nível do Sistema Cantareira, situação ainda é crítica

Por mais que canais de notícias e o governo comemorem uma melhora do nível do Sistema Cantareira nos últimos meses, a verdade é que a situação do principal manancial que abastece a Grande SP nunca esteve tão crítica.

O sistema é formado por um conjunto de quatro represas. O maior deles, o Jaguari-Jacereí, opera apenas com 17% do seu volume total de água. A situação das quatro represas é tão desesperadora que nem a água do volume morto consegue mais ser usada com a mesma eficiência pelas bombas.

Além disso, o Jaguari-Jacareí é o conjunto de represas mais distante do Canteira. Por esse motivo a Sabesp prefere retirar o máximo de água desta represa e armazená-la em outras do mesmo sistema e mais próximos a capital.

Histórico do volume armazenado pelo sistema cantareira, ajustado pela adição do volume morto

No entanto, a manobra que ocorre por ‘segurança’, pode ser um tiro pela culatra caso exista uma falha nos diversos túneis e válvulas que conectam as represas: a Grande SP ficaria sem água.

Com o desvio do volume da maior represa do sistema, a Sabesp evita a adoção do rodízio de água. Mas por outro lado, sufoca a Jaguari-Jacareí e prorroga sua recuperação.

A estratégia da Sabesp também faz com que a queda do nível da principal represa do sistema provoque o recuo da água nos seus diversos braços. Onde antes havia volume, agora há apenas um solo rachado.