Desmatamento ilegal na Amazônia aumenta 16% em um ano

Por: Redação

O desmatamento voltou a subir na Amazônia Legal, de acordo com declaração da Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, nesta quinta-feira (26). Desta vez, o aumento da taxa anual de desmatamento, referente ao período de agosto de 2014 à julho de 2015, foi 16% maior do que no período anterior. As informações são do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe).

A área total desmatada é de 5.831 km², o equivalente a 753 mil campos de futebol. Dentre as causas apontadas pela ministra, estão a expansão da pecuária, agricultura e corte seletivo. Outro detalhe preocupante é que voltou a ocorrer o desmatamento em grandes áreas.

Dados mostram que o desmatamento na Amazônia aumentou em um ano
Créditos: Bruno Kelly
Dados mostram que o desmatamento na Amazônia aumentou em um ano

O aumento da perda florestal se concentrou em três Estados: Pará, Mato Grosso e Amazonas. Amazonas aumentou 54% as taxas de desmatamento, Mato Grosso subiu em 40%, e Rondônia, 41%. Por isso, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou os três Estados para apresentarem, em 60 dias, os dados do desmatamento autorizado.

O crescimento do desmatamento está sempre associado à violência na floresta. A região entre o sul do Amazonas e norte de Rondônia tem sido apontada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) como uma das mais críticas na escalada da violência no campo, em decorrência principalmente da extração ilegal de madeira e do avanço da pecuária.

O aumento da perda florestal se concentrou em três Estados: Pará, Mato Grosso e Amazonas

Na próxima segunda-feira, tem início a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP-21). Líderes de diversos países estarão reunidos em Paris para decidir um novo acordo para combater o aquecimento global.

A proposta do Brasil será chegar a 2030 emitindo 1,33 bilhões de toneladas de carbono equivalente. Com relação às florestas, o plano baseia-se em implementar a lei (Código Florestal), mas só daqui 15 anos, e apenas na Amazônia.