O sangue ainda corre na floresta: dez anos sem Dorothy Stang

Uma década após o assassinato de Dorothy Stang, os mandantes do crime continuam em liberdade e o círculo vicioso de exploração, violência e impunidade segue imperando na Amazônia

Neste dia 12 de fevereiro, o assassinato da missionária, ativista ambiental e defensora dos povos da floresta Dorothy Stang completa 10 anos, sem que os mandantes pelo crime tenham sido, de fato, presos. Depois de sucessivos julgamentos e do polêmico cancelamento do veredicto que condenou Vitalmiro Bastos de Moura a 30 anos de prisão, tanto ele como o outro mandante, Regivaldo Pereira Galvão, continuam livres.

O caso, ao invés de exceção, infelizmente é a regra e retrato fiel da violência e impunidade que assolam comunidades rurais de todo o Brasil e especialmente da Amazônia.

“Até quando a sociedade e o Estado brasileiro vão tolerar ou tratar de forma equivocada o extermínio daqueles que lutam pelo simples exercício de seus direitos e garantias constitucionais?”. A pergunta feita pelo ativista do Greenpeace, Danicley Saraiva, remonta à história real de milhões de hectares que correspondem quase à metade do território nacional. Em regiões onde o sangue ainda continua a correr pela floresta

Nesta data que marca a luta contra a violência no campo, impunidade e contra o desmatamento da Amazônia, o Greenpeace destaca um texto sobre a atual situação da maior floresta tropical do planeta.  Confira também nove fotos que retratam o cenário de luta e conflito na região.: