Estrada Velha de Santos é reaberta para visitação a pé
Após anos de discussões, a Estrada Caminho do Mar (mais conhecida como a Estrada Velha de Santos) foi liberada pelo governo de São Paulo para passeios a pé, a partir da subida, em Cubatão. As visitas agendadas poderão ser feitas todos os últimos sábados de cada mês.
A primeira será no próximo dia 24. O agendamento deve ser feito no site da Fundação Florestal ou no pelo telefone (11) 2997-5000, ramal 356.
De acordo com reportagem do jornal “A Tribuna”, os moradores de Cubatão terão prioridade no agendamento. A concentração dos grupos vai ocorrer na altura do pontilhão da Serra, perto da Refinaria Presidente Bernardes-Cubatão (RPBC).
O passeio, que dura em média quatro horas, começa na altura do pontilhão da Serra, na altura do km 51 da Anchienta, nas proximidades da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, e termina em São Bernardo do Campo.
Todos os passeios são realizados, obrigatoriamente, com o acompanhamento de monitores cadastrados e capacitados pela Fundação Florestal.
O custo do passeio é de R$ 31 por pessoa, já com acompanhamento de guia. A recomendação é levar água, lanche, repelente, protetor solar, toalha, máquina fotográfica, binóculo, tênis antiderrapante, calça, camiseta, óculos e boné.
História
Até a construção da rodovia Anchieta, em 1947, o Caminho do Mar era a principal via de ligação entre o litoral e o planalto. Por ele trafegou parte da história paulista.
Esta estrada foi construída no meio da Mata Atlântica, em 1917, sobre a Estrada da Maioridade que originalmente denominada assim, em referência à emancipação de D. Pedro 2º, a via foi inaugurada em 1844, basicamente para o tráfego de carroças e diligências.
A estrada foi a primeira com pavimento de concreto na América Latina. Em alguns trechos, ela se encontra com partes da estrada mais antiga a ligar São Paulo e a Baixada Santista: a Calçada do Lorena, de 1792, um caminho de pedras que segue o traçado em ziguezague de velhas trilhas indígenas, criado para escoar em lombo de mulas a produção agrícola das vilas do interior.
O local também abriga um conjunto de oito monumentos históricos construídos em 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil.
Na década de 1970, os monumentos foram tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e graças a grande riqueza natural e histórica, a área foi declarada pela Unesco como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.