Família Schurmann completa 2 anos vivendo a bordo do veleiro Kat

Por: Redação

Nesta quarta-feira, dia 21, a família Schurmann festeja os dois anos Expedição Oriente. De Itajaí, no Brasil, à ilha Reunião, a leste de Madagáscar, já são 730 dias vivendo a bordo do veleiro Kat.

Para o capitão Vilfredo Schurmann, o momento mais marcante, até agora, foi a chegada em Xangai, na China, entrando no maior porto do mundo, onde passam mais de 1 mil embarcações todos os dias. “Histórico! O veleiro Kat foi o primeiro veleiro brasileiro a aportar na China”, lembrou.

O capitão Vilfredo e Wilhelm encaram rajadas de ventos durante a travessia de Mentawai a Port Louis
O capitão Vilfredo e Wilhelm encaram rajadas de ventos durante a travessia de Mentawai a Port Louis

Mas a aventura já exigiu muita calma e habilidade da tripulação. “Logo no início, com ventos de 80 km/h, tivemos que entrar no porto de Imbituba, em Santa Catarina, devido à pane no sistema hidráulico. Ficamos sem leme para governar a embarcação. Isso ocorreu à noite e improvisamos um leme de emergência com molinetes para dar direção ao veleiro”, lembra o capitão.

Ainda na América do Sul, durante a volta da Antártica, a 80 milhas do Cabo Horn, outro momento tenso: ventos de 120 km/h e ondas de seis a oito metros de altura que, por duas vezes, cobriram completamente o veleiro Kat.

Noite iluminada no Moai de Tahai, na Ilha de Páscoa
Noite iluminada no Moai de Tahai, na Ilha de Páscoa

Neste momento a Expedição Oriente está prestes a passar pela costa sudeste da África. “Daqui a alguns dias, partiremos para uma aventura na segunda maior reserva de animais selvagens, Hulwehluwe-Umfolozi, onde os animais vivem livres no seu hábitat”, conta Vilfredo.

Depois, a tripulação segue para o sul do continente, rumo a Cidade do Cabo. Essa parte do roteiro demanda extrema atenção de todos. “Cruzaremos o Cabo das Tormentas. Esse trecho é perigoso pelas grandes ondas que podem atingir 25 metros de altura devido a corrente de Moçambique”, explica.

Veleiro Kat e as luzes de Xangai
Veleiro Kat e as luzes de Xangai

De lá, a Família Schurmann atravessa o oceano Atlântico, dando início ao retorno para casa. “Estamos muito ansiosos de chegar ao Brasil, depois de tanto tempo longe da nossa terra”, diz o capitão.

Expedição Oriente

A Expedição Oriente foi inspirada no livro “1421: O ano em que a China descobriu o mundo”, de Gavin Menzies, um ex-oficial da Marinha inglesa, que defende que os chineses, e não Cristóvão Colombo, é que teriam sido os descobridores da América.

Capitão Vilfredo Schurmann visita templo construído em 1847, em Hong Kong
Capitão Vilfredo Schurmann visita templo construído em 1847, em Hong Kong

Segundo a tese de Menzies, em 1421, uma enorme esquadra com gigantescos juncos entre 142 e 163 metros de comprimento, capitaneada pelos almirantes do imperador Zhu Di, zarpou da China.

A nova aventura da família Schurmann pode ser acompanhada pelo site Expedição Oriente ou pelo Facebook.

Capitão e Emmanuel participam de uma cerimônia Mentawai, na Indonésia
Capitão e Emmanuel participam de uma cerimônia Mentawai, na Indonésia

Viagem Livre, em parceria com a família Schurmann, publica toda semana um boletim com informações sobre a Expedição Oriente. Além da localização do veleiro Kat, disponibilizamos algumas imagens exclusivas feita pela tripulação ao longo da aventura.