Ilhas Maldivas: um sonho possível

Se quando falamos em Maldivas a primeira coisa que vem na sua cabeça são resorts caríssimos e muitas vezes inacessíveis, você precisa saber de uma coisa: esse paraíso está disponível, também, para quem não deseja gastar uma mini fortuna, também.

Estive recentemente no país contrariando o padrão de ficar em resort. E sim, foi uma grata surpresa, hotéis e passeios com preços comparáveis a alguns destinos turísticos brasileiros.

Praia pública no atol de Malé

Durante anos, o único meio de hospedagem no país eram os resorts, mas há cerca de 5 anos, o governo liberou a construção de hotéis. A situação atual, de maneira geral, são resorts de luxo (120 resorts) em ilhas privadas e hotéis nas ilhas públicas onde moram a população local, cerca de 200 ilhas.

Fiquei na Ilha de Maafushi, a primeira a receber hotéis e que, em razão disso, já oferece uma boa estrutura, incluindo passeios, restaurantes e até um barco bar.

Optei por ficar em um hotel beira-mar. Foi uma ótima escolha, o Velana Blu tem vista para o mar, restaurante e área para relaxar na areia, tudo isso a preços a partir de US$ 70,00 (dólares). Nesse valor está incluído diária para duas pessoas com café da manhã, há também a opção de meia pensão e pensão completa.

Vista do quarto do hotel Velana, preços bem mais acessíveis do que resorts

O preço dos hotéis são bastante acessíveis se comparados aos dos resorts. Os resorts médios começam suas diárias em US$ 300,00.

No que se refere aos passeios, a ilha de Maafushi nada deixou a desejar, muito pelo contrário, passeios aqui são oferecidos a preços muito inferiores aos oferecidos pelo resorts. Os passeios mais realizados são os que incluem snorkeling, bancos de areia, os day use de resorts ou ainda visita a outras ilhas da região. Há ainda um passeio para ver de perto os tubarões baleia.

Algmas das opções de passeios oferecidas em Maafushi

No que se refere à comida, frutos do mar e peixe são o destaque. Acabei optando muitas vezes por jantar no próprio hotel por duas razões: a comida era ótima, uma mescla de local e internacional, o que deixava o paladar mais leve já que a pimenta é muito forte por aqui e, também, por que acabava o dia exausta de tanto passear, nadar e ver paisagens deslumbrantes.

A bebida alcoólica que muitas vezes faz combo com as praias brasileiras, aqui é proibida. O país é muçulmano e dizem que as malas são revistadas no aeroporto, resolvi não arriscar. Há um barco na praia de Maafushi autorizado a vender bebidas com alcóol, mas não espere um preço muito amigável. Uma das opções são o mockatéis, mixes de frutas ou bebidas sem álcool super refrescantes.

Drink de boas vindas. Álcool é limitado no país.

Resumindo: esse paraíso oferece diferentes possibilidades de acesso para os mais diversos orçamentos. Se prepare para visitar um lugar inesquecível, seguro e com pessoas sorridentes. Sim, Maldivas deixa saudades!

Um dos bancos de areia durante passeio (foto feita com drone)

Outras dicas:

-O país é um dos principais destinos de lua-de-mel do mundo;
-Sim, existem pessoas sem ser casal passeando por aqui, mas ainda são minoria;
-Se você for para a Índia, Sudeste da Ásia ou Oriente Médio, os vôos para as Maldivas podem ser mais acessíveis desses lugares;
-Os hotéis saem mais baratos entrando em contato direto com as propriedades ou pelos sites dos próprios hotéis;
-A temporada de chuva aqui é no meio do ano;
-Antes de escolher onde ficar, verifique o acesso, algumas ilhas têm barcos públicos a custos baixos (US$ 2,00), já algumas ilhas só é possível chegar de barco rápido ou de hidroavião (bem mais caro);
-Ficar hospedado em diferentes ilhas públicas pode ser uma opção para quem quiser conhecer diferentes atols.
-Como o país é muçulmano, nas ilhas públicas existem praias específicas para o uso de biquini (geralmente são chamadas de bikini beach). Nessas ilhas, evite circular de biquini pelas ruas. Shorts, saias, vestidos curtos e etc são liberados.
-A noite nas praias é possível ver plactons, micro-organismos bioluminescentes.

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Em parceria com GirlsGo

Gilsimara Caresia, jornalista e turismóloga, viajou mais de 80 países sozinha, é criadora do projeto GirlsGo. Acredita na viagem como ferramenta de autodescoberta.

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