Passeios para fazer no Rio que não estão nos roteiros turísticos

É claro que o Cristo Redentor e a praia de Copacabana não podem ficar fora do roteiro de quem vai visitar o Rio de Janeiro pela primeira vez. Porém, há lugares escondidos dos olhos dos turistas que revelam outro lado da Cidade Maravilhosa.

Com ajuda do site AlugueTemporada listamos para os viajantes conhecerem e se encantarem com lugares como o The Maze, a Pedra do Sal, o Cacique de Ramos e amar –ainda mais– o Rio de todos os cariocas.

[tab:Gastronomia] 

Parque Lage

Café du Lage, café da manhã servido na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, fica dentro de um parque público no bairro Jardim Botânico. O espaço é uma boa dica para quem quer começar o dia explorando um roteiro diferente. O espaço fica aberto de segunda a sexta-feira, até 12h, e aos fins de semana, até 13h.

O bufê inclui frutas, sucos, cafés e derivados, geleia e bolo caseiro, diversos queijos, cesta de pães, iogurte, waffles, entre outros. O pacote sai a R$ 69 por pessoa com direito a duas bebidas. Para os que ainda não estiverem satisfeitos, o brunch de R$ 96 é uma boa opção e inclui, além dos itens listados acima, mimosa e ovos.

No cardápio também é possível encontrar comidas para o almoço e jantar, como saladas, massas e sopas. 

Feira de São Cristóvão

Outra atração para os turistas que querem conhecer o Rio dos cariocas, mais escondido, é a feira que fica no Pavilhão em São Cristóvão, zona norte do Rio. A atração é conhecida como Feira dos Paraíbas por ter sido construída em homenagem aos costumes da Paraíba e de outros Estados do Nordnordeste brasileiro. O lugar é um verdadeiro paraíso gastronômico com pratos típicos da região, como o baião de dois – mistura de carne com arroz e feijão –, macaxeira e carne de sol.

Para cantar e dançar, o que não falta entre os diversos quiosques é forró e karaokê.

O horário de funcionamento é de terça a quinta-feira, das 10h às 18h, e a partir das 10h de sexta-feira até às 21h de domingo, com entrada gratuita. Só é cobrada taxa de entrada quando o pavilhão promove shows ou eventos especiais, com o preço definido de acordo com a programação.

Bar do Davi

No Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, encontra-se o Chapéu Mangueira, comunidade carioca que abriga o Bar do David. O David, dono do bar, era pescador e ganhou fama com a mistura que fez de feijão com frutos do mar. Nascia assim, a feijoada de frutos do mar.

Outra dica do cardápio é o feijão tropeiro, uma seleção de cortes de carne de porco com legumes e feijão. Para beber, o carro chefe do bar é a caipirinha que custa R$ 16 e que, em 2013, ganhou prêmio de melhor caipirinha do Rio em concurso de uma das principais revistas da cidade. Vale lembrar que os pratos são servidos apenas aos sábados, domingos e feriados. Nos outros dias, apenas aperitivos. 

[tab:Música] 

The Maze

Quem diria que uma atração alternativa seria capaz de oferecer uma vista tão incrível da Cidade Maravilhosa quanto qualquer outro ponto turístico tradicional? E ainda por cima, ouvindo um jazz de alta qualidade. Toda primeira sexta-feira do mês acontece o jazz no The Maze, uma galeria de arte e casa de shows que fica no alto da favela pacificada Tavares Bastos, no Catete.

De lá, é possível ver o Pão de Açúcar, bondinho e toda a Baía de Guanabara. Para chegar é preciso ir até a Rua Tavares Bastos, esquina com a Bento Lisboa, e pegar uma kombi, taxi ou até moto-táxi que levam até a entrada da favela e a partir daí andar 5 minutos até a casa.

O local é pacificado e muito movimentado nos dias do evento. A entrada é R$ 40 por pessoa com pagamento somente em dinheiro. 

Pedra do Sal

Não podíamos deixar de falar da Cidade Maravilhosa sem falar de samba. Para quem quer conciliar a boa música com um pedaço da História do Rio de Janeiro, o destino certo é a zona Portuária, onde fica o MAR (Museu do Amanhã e o de Arte do Rio).

Ao pé do Morro da Conceição, no bairro da Saúde, encontra-se a Pedra do Sal, lugar onde o samba urbano carioca nasceu e sambistas populares surgiram. Conhecida como “Pequena África”, a região foi povoada basicamente por negros e abrigou um quilombo e muitos terreiros de candomblé, religião afro-brasileira. Tombado como patrimônio histórico e religioso da cidade, o local era ponto de embarque e desembarque de carregamentos de sal, além de servir como mercado de escravos.

Hoje, o lugar é palco de uma animada roda de samba que acontece às segundas-feiras, por volta das 18h e só acaba próximo do dia seguinte. Cercado pelo encantador casario colorido do Largo João da Baiana –ladeado por uma escadaria e a histórica ladeira de pedra–, o espaço atrai jovens cariocas que buscam o samba de verdade, rico em poesia. Com entrada gratuita, a consumação pode ser feita nos bares das proximidades. 

Bip Bip

Em Copacabana, um dos bairros mais famosos da cidade, está o clássico Bip Bip. Localizado entre as ruas Sá Ferreira e Djalma Ulrich, o bar ganhou o coração dos cariocas com uma eclética programação musical.

Aos domingos acontece um bom samba de raiz, segundas e terças têm o famoso chorinho e as quartas, a boa e velha Bossa Nova. O ambiente é conhecido como “um bar a serviço da alegria”. Com entrada gratuita, funciona das 19h às 23h45 e só aceita dinheiro para consumação de bebidas. 

Cacique de Ramos

O Cacique de Ramos, um dos blocos mais tradicionais do Carnaval do Rio de Janeiro, é uma joia cultural que poucos turistas tem a oportunidade de conhecer. Criado no subúrbio carioca, em Ramos, a sede do bloco fica movimentada aos domingos de 17h às 23h30, onde acontece uma tradicional roda de samba com entrada gratuita.

Se a estadia no Rio de Janeiro coincidir com o terceiro domingo do mês, não deixe de experimentar a feijoada com samba que começa às 13h e costuma receber artistas consagrados da música brasileira, como Zeca Pagodinho e Beth Carvalho. Para chegar ao local, a melhor opção é ir de táxi. Saindo da Barra da Tijuca deve demorar cerca de 1h30, já da Zona Sul, 1h.

Samba Luzia

O samba está na raiz do Rio e do carioca, e engana-se quem pensa que esse estilo musical só se faz presente durante o carnaval. A programação –e o samba no pé– acontece durante todo o ano em diferentes pontos da cidade. Todas as sextas-feiras, o Samba Luzia reúne milhares de pessoas no Clube Santa Luzia (ao lado do aeroporto Santos Dumont). Em um terraço com vista privilegiada para a baía de Guanabara, acontece uma das melhores rodas de samba da cidade. Ao ar livre, o evento é aberto sempre às 20h, mas a roda começa a se formar por volta das 22h. Os preços dos ingressos são bastante honestos e variam entre R$ 25 e R$ 30 se comprados antecipadamente. 

[tab:Arte e Cultura] 

Feira do Rio Antigo (Feira do Lavradio)

Todo primeiro sábado do mês o carioca tem local e hora reservados na agenda. O passeio pelo Rio Antigo faz uma viagem no tempo com barracas de antiguidades, artesanato e moda, sem contar com a famosa feijoada e caipirinha, marcas registradas do local. Tudo isso, ao som de um bom samba. Essa é a Feira do Rio Antigo, também conhecida como Feira do Lavradio, por ser na rua de mesmo nome que fica na Lapa. As barracas começam a abrir às 10h e fecham por volta das 18h. Porém, os bares ficam abertos para quem quiser ficar mais tempo aproveitando o local. 

Instituto Moreira Salles

O Instituto Moreira Salles, na Gávea, é uma das primeiras opções na lista do turismo não oficial do Rio de Janeiro. Criado por um importante banqueiro e diplomata brasileiro, Walther Moreira Salles, o espaço tem como finalidade promover o desenvolvimento de programas voltados para fotografia, literatura, artes plásticas e música brasileira, além de serem realizadas sessões de cinema. A própria casa, marco da arquitetura moderna dos anos 1950, é um atrativo para os visitantes. O espaço funciona de terça a domingo, das 11h às 20h.  

Museu de Arte Naif

O Museu Internacional de Arte Naïf (MIAN), localizado no Cosme Velho, é um acervo permanente instalado no Rio de Janeiro desde 1995. No local, é possível encontrar cerca de 5 mil obras datadas do século 15 até os dias de hoje, e assinadas por artistas nacionais e estrangeiros de mais de 100 países.

O objetivo é promover a democratização do acesso à arte Naïf, primitiva moderna, além de estreitar o vínculo com a comunidade, escolas e instituições, por meio de planos e ações socioeducativas e culturais.

O horário de funcionamento é de terça a sexta, das 10h às 18h, com bilheteria aberta até as 17h30 e aos sábados e domingos com fechamento às 17h. Os ingressos custam R$ 12 e menores de 5 anos e maiores de 80 não pagam.

 Sítio Burle Marx

O Sítio Burle Marx, localizado na Barra de Guaratiba, Zona Oeste, é um ótimo endereço para conhecer a flora brasileira e saber mais sobre a vida e a obra de Roberto Burle Marx, paisagista conhecido internacionalmente.

O sítio de 807 mil m² foi residência particular de Burle Marx, de 1973 até em 1994, e hoje é aberto ao público. Além da parte botânica, o visitante conhece a arquitetura, o atelier de pintura, o salão de pedras e as coleções de plantas do artista.

Unidade especial do IPhan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e órgão do MinC (Ministério da Cultura), o local é uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes em todo o mundo. Com entrada gratuita, o espaço funciona de terça a sábado, exceto feriados, das 9h30 às 11h30, e das 13h30 às 15h30. As visitas são guiadas e tem duração de 1h30. É preciso agendamento prévio pelo telefone (21) 2410-1412. 

[tab:Lugares públicos] 

Praça São Salvador

O que era pra ser só uma praça, com um coreto de um lado e parquinho infantil do outro, virou um point carioca onde jovens se encontram para conversar, ouvir música e tomar uma cerveja. O que não falta é programação para a praça mais movimentada do Flamengo.

De 15 em 15 dias, grupos de arte exibem filmes às terças-feiras; às quartas, o pessoal do circo se reúne para uma apresentação com malabares e perna de pau, já às quintas e sextas, a programação é variada. Aos fins de semana, o movimento continua: a tradicional roda de samba comandada pelo grupo Batuque no Coreto acontece aos sábados, a partir das 18h, e, para fechar com chave de ouro, aos domingos tem o clássico chorinho, estilo musical brasileiro instrumental, que encanta aos passantes e quem gosta de fazer umas comprinhas na feirinha montada na região. 

Bairro Santa Teresa

Subindo as ladeiras da Lapa, bairro boêmio bastante conhecido pelo turismo internacional, é possível chegar a Santa Teresa. “Santa”, como é chamada pelos íntimos, tem atrações diversas. Para os que preferem um programa mais cultural, a dica é visitar o Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas.

O local possui uma visão privilegiada, onde é possível avistar o Centro da cidade e parte da orla, do aeroporto Santos Dumont até o bairro da Urca. A galeria de exposições e o auditório do espaço recebem trabalhos experimentais de artes plásticas. Já o parque, palco de shows e happy hours, possui uma cafeteria que serve um farto café da manhã nos finais de semana.

Aos sábados e domingos há programação especial para crianças. O horário de funcionamento é de terça a sexta, a partir das 11h, e sábados e domingos, a partir das 10h. Para os que preferem a noite, o bairro não decepciona. Duas boas opções são: Bar do Gomes, famoso pelo bolinho de bacalhau, e o Bar do Mineiro, conhecido pelas cachaças. Imperdível também é o passeio de bondinho, que voltou a funcionar há poucos meses.

Mureta da Urca

A mureta em frente ao Bar Urca, localizado no bairro que dá nome ao bar, é um dos espaços mais concorridos da cidade. Aos fins de semana fica difícil encontrar uma brecha para aproveitar a vista.

A multidão frequente e a cerveja gelada são marcas registradas do local, que atrai clientes de todos os gostos. Basta uma caminhada pelo bairro para perceber que existe badalação além da mureta e sempre com a Baía de Guanabara como cenário. O ideal é fazer o passeio no Pão de Açúcar e depois aproveitar um pouco mais da região. 

[tab:Praias] 

Grumari e Prainha

Além de conhecer as movimentadas praias de Copacabana, Ipanema e Leblon, vale a pena programar uma visita também as praias da zona oeste, onde se escondem paraísos naturais como Grumari.

Situada dentro da Reserva Ambiental de Grumari, uma das principais áreas de preservação ambiental do município, a praia é tombada pelo Patrimônio Artístico e Cultural. Com 2,8 km de extensão e águas cercadas por costões e morros com vegetação de restinga, a região impressiona por sua beleza e contraste entre o azul do mar e o verde da mata.

Quem quiser esticar o passeio, pode parar na Prainha na volta. Com suas ondas de até três metros de altura e grande extensão, a praia é sensação entre os surfistas. Se você quiser apreciar uma vista privilegiada, passe no restaurante Mirante da Prainha ou, se curtir uma aventura, embarque em uma das trilhas ecológicas do Parque Municipal Ecológico da Prainha.

Praia do Secreto

Paraíso escondido entre os paredões rochosos e o mar, a Praia do Secreto foi descoberta há pouco tempo pelos cariocas e já não é mais novidade para ninguém. Localizada entre a praia da Macumba e a Prainha, no Recreio, Secreto é uma pequena piscina natural. Como o nome sugere, o acesso não é tão fácil e para chegar até lá é preciso andar pelas pedras e fazer uma pequena trilha a partir da Praia da Macumba.

O esforço recompensa, mas é preciso ficar atento às marés: as muito altas ou muito baixas fazem com que a piscina desapareça.