Sonha em viajar sozinha em 2018? Comece por aqui

Por: Catraca Livre

Viajar é uma oportunidade de autodescoberta sem tamanho. Se você está passando por um momento de transição –mudança de carreira, separação, superação de algum acontecimento que te tirou do eixo– ou até mesmo se você quer conhecer outras culturas e aprimorar os seus conhecimentos em algum tema específico, recomendo fortemente que considere passar um tempo fora da bolha e se dar esse presente.

Viajar sozinha, porém, é uma atitude que exige um certo desprendimento e coragem. Primeiro de tudo, não encare como verdade absoluta tudo o que te disserem, principalmente quando quiserem te convencer que não é seguro viajar sozinha porque você é mulher. Assim como no dia a dia, tudo é possível que aconteça, inclusive N-A-D-A. Não é por isso que você vai passar a vida com medo de sair de casa, né? A minha sugestão é: antes de fazer as malas, pesquise bem o destino, leia depoimentos de outras mulheres que já estiveram lá, colha dicas de como se comportar diante daquela cultura. Quando chegar, observe, observe, observe muito.

No trem para Hua Hin, na Tailândia

Para que essa viagem seja mais proveitosa possível, faça um planejamento. Você não precisa saber minuciosamente o que fará em cada cidade que pousar, mas é importante criar um trajeto. Assim, você consegue se dividir para conhecer todos os lugares que deseja no tempo que tem. Uma boa ferramenta para organizar o roteiro é o GoogleMaps. Lá, além de criar o trajeto, você pode favoritar os pontos que deseja conhecer.

Planejar-se financeiramente também é importante. Se você mora de aluguel, já pensou em usar o Airbnb enquanto estiver fora? Se tem carro, já pensou em vendê-lo? Às vezes, só de guardar o dinheiro da cervejinha já te ajuda a criar um pé de meia.

Se você não tem data certa para voltar e tem a oportunidade de oferecer o seu trabalho enquanto viaja, você pode, também, trocar trabalho por hospedagem e aproveitar mais tempo em cada destino. Empresas como a Worldpackers são ótimas intermediadoras desse processo! Eu fiz e recomendo.

Viajar sozinha é uma atitude que exige um certo desprendimento e coragem

Quando chegar, esteja aberta a conhecer pessoas, principalmente os locais. Se precisa pedir algum tipo de informação, vá em outra mulher que tenha mais ou menos a sua idade. Por mais que você não fale a língua local, elas sempre tentam ajudar. Nessas horas a gente vê que a sororidade existe!

Dê tempo ao tempo. O primeiro dia pode parecer (e é) algo absolutamente fora do comum, mas aos poucos você vai se acostumando com o lugar e a rotina das pessoas.

Se abra às imprevisibilidades que podem aparecer no caminho. Esses dias, peguei um trem de Bangkok para outra cidade na Tailândia e quando cheguei, dia 31 de dezembro, não havia nenhum táxi na rua. Um milhão de pensamentos vieram à cabeça, inclusive que eu poderia passar a virada do ano ali na estação de trem. Respirei, esperei e depois de um tempo uma pessoa parou oferecendo ajuda. Confiei e fui. E estou aqui contando a história.

Aproveite todas as oportunidades que podem aparecer no caminho. Você não sabe quando vai voltar àquele lugar, com aquelas pessoas e, acima de tudo, sentir aquela mesma emoção –talvez, nunca.

E mantenha sempre: a mente esperta, a espinha ereta e o coração tranquilo.

Prazer, eu sou a Mayara Castro (Instagram) e escrevo esse texto de Hua Hin, na Tailândia. Quer me conhecer melhor? Então vem cá: www.mayaracastro.me

Por Mayara Castro