Família vela idosa, mas acredita que ela poderia estar viva

Um velório que durava oito horas foi interrompido após os familiares desconfiarem que a idosa estava viva. O corpo de Rosaura Vaz, 80 anos, foi tirado do caixão e levado para o hospital na última terça-feira, 20, na cidade de Bagé (RS).

“Eu fiquei um bom tempo tocando na mão dela, e começou a suar. Como a gente não entende nada de medicina! Só que passaram-se as horas, estava fria a noite, tinha ar-condicionado, e ela com o corpo quente, o rosto corado. A gente achou estranho”, relatou o filho dela ao G1. Na mesma hora a outra filha buscou o aparelho de tirar a pressão e deu 12 por 7, chamaram um médico e resolveram levar ela ao pronto-socorro.

De acordo com a família, ficaram alguns minutos no pronto-socorro até que veio a confirmação da morte. O atestado de óbito mostra que Rosaura teve uma parada respiratória, em decorrência de um cisto cerebral, às 0h24.

A família conta que a idosa estava bem no hospital com alta prevista para o dia seguinte e não compreendem o falecimento repentino. Já a
Polícia Civil de Bagé aguarda o resultado da necropsia para esclarecer a hora exata da morte. De acordo com o delegado Luís Eduardo Sandim Benites, a Santa Casa ainda não entregou o boletim de atendimento. Foi preciso emitir um pedido judicial para que o hospital libere o documento.

Rosaura Vaz foi velada duas vezes por ter sinais que colocaram o óbito em dúvida
Créditos: Arquivo pessoal
Rosaura Vaz foi velada duas vezes por ter sinais que colocaram o óbito em dúvida