Paternidade: 15 livros incríveis para presentear seu pai

Livros para lembrar que a paternidade não precisa e nem pode ser heróica, mas sim presente e afetiva.

Para celebrar a paternidade sensível e acolher as transformações que perpassam a construção do “tornar-se pai”, o Lunetas, selecionou algumas leituras de interesse sobre o assunto.

Livros que falam sobre o que é ser pai no século 21, em que cada vez mais emerge a potencialidade da chamada “masculinidade positiva“, que se liberta dos estereótipos do homem provedor que não demonstra emoções para celebrar a sensibilidade do masculino.

Tem ficção, não ficção, relato autobiográfico, quadrinho e outros gêneros sobre paternidades diversas, enfocadas a partir de também diversas perspectivas – racialidade, gênero, limitações específicas, adoção, entre muitas outras.

1. “Meu menino vadio”- Luiz Fernando Viana (Intrínseca)

O jornalista paulistano Luiz Fernando Vianna é pai de um garoto com autismo. Escrito todo em primeira pessoa, o livro é uma espécie de diário hiperrrealista de um relacionamento pai e filho do ponto de vista do transtorno do transtorno: como a relação dos dois nasce, cresce e se desenvolve a cada dia sob a luz – e, muitas vezes, sob a sombra também – da condição do filho. O leitor acompanha uma jornada real, que é toda permeada por tentativas e erros, inseguranças e medos. Não por acaso, Luiz Fernando escolheu como epígrafe do livro os versos de Paulinho da Viola: “as coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender”.

2. “O Homem Subjugado – O dilema das masculinidades no mundo contemporâneo” – Malvina Muszkat (Summus Editorial)

A argentina Malvina Muszkat é psicanalista e especialista em mediação de conflitos pela Fundación Diálogos de Bilden-Entidad. Neste livro, ela reflete sobre o que chama de “assimetrias na formação de identidade de homens e mulheres”. Ela acredita ser possível construir novas possibilidades de masculinidade – e consequetemente, de paternidade – a partir do diálogo e da afetividade. “Defendo a tese de que o masculino em nossa cultura é tão subordinado quanto o feminino, embora isso não seja reconhecido como imaginário coletivo”, diz.

3. “Na minha pele” – Lázaro Ramos (Companhia das Letras)

O ator e diretor é pai de Maria Antônia e João Vicente, faz neste livro um convite à alteridade. Conforme o título sugere, ele avalia os desafios da vida em sociedade a partir da perspectiva da negritude. Em relatos pessoais, ele compartilha reflexões sobre família, fênero, empoderamento e discriminação, passando pela paternidade e parentalidade. “Ao rejeitar qualquer tipo de segregação ou radicalismos, Lázaro nos fala da importância do diálogo”, diz a sinopse.

4. “Entre o Mundo e Eu” – Ta-Nehisi Coates (Companhia das Letras)

A partir de uma carta escrita para o filho em 2014, em meio às discussões sobre discriminação racial nos Estados Unidos, o jornalista americano Ta-Nehisi Coates reflete sobre o que é habitar um corpo negro na América. No livro, ele aproxima as grandes questões socioculturais e históricas da humanidade, como o racismo, a desigualdade social e a intolerância com a vida do filho, como pais preocupados que antecipam as angústias futuras dos filhos. Um relato autobiográfico que se revela uma declaração de amor paterno. “Como podemos avaliar de forma honesta a história e, ao mesmo tempo, nos libertar do fardo que ela representa?”, questiona.

Confira aqui a lista completa.