Desafio dá US$ 45 mil para soluções para seleção de sucata

Gerdau premiará ideias que promovam a automatização da inspeção desse material, que é reaproveitado na produção siderúrgica; inscrições vão até 14/12

A reciclagem de sucata metálica é uma importante fonte de matéria-prima para a indústria.

No mundo todo, foram comercializadas 400 milhões de toneladas em 2017.

A Gerdau é uma das empresas que compram grandes volumes desse material: todos os meses, são 280 mil toneladas adquiridas só no Brasil.

Mais de 10 mil caminhões da produtora de aço chegam para descarregar o material nos pátios destinados para esse fim.

A Gerdau compra 280 mil toneladas de sucata por mês, que são recicladas para virar matéria-prima
Créditos: oneMEMORY/Shutterstock
A Gerdau compra 280 mil toneladas de sucata por mês, que são recicladas para virar matéria-prima

O problema é que a avaliação do tipo de material, sua seleção e o valor a ser pago por ele ainda são feitos visualmente, por um inspetor.

Ou seja, é uma análise subjetiva, que pode incorrer a erros e inconsistências.

Por isso, a empresa lançou um desafio internacional: premiará soluções inovadoras que ajudem a automatizar esse processo de seleção, deixando-o mais rápido e eficiente.

Os prêmios do “Digital Scrap Challenge” chegam a US$ 45 mil (cerca de R$ 172,8 mil).

O primeiro lugar ficará com US$ 30 mil, o segundo, com US$ 10 mil, e o terceiro, com US$ 5.000.

Podem participar empreendedores, pesquisadores, cientistas, estudantes e qualquer pessoa que queira contribuir para encontrar uma solução.

As inscrições estão abertas até o dia 14 de dezembro e podem ser feitas pelo site herox.com/digitalscrap.

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Cada caminhão com sucatas pode conter até 200 tipos de materiais, que precisam ser separados rapidamente
Créditos: Opsormen/Shutterstock
Cada caminhão com sucatas pode conter até 200 tipos de materiais, que precisam ser separados rapidamente

A Gerdau tem ainda interesse em trabalhar com os vencedores do desafio para desenvolver e implementar a solução proposta.

Haverá um financiamento extra para pesquisa e desenvolvimento, prototipagem e produção.

Segundo a empresa, o uso da sucata de aço como matéria-prima reduz o volume de material que é descartado inadequadamente ou depositado em aterros.

Além disso, diminui o consumo de energia no processo siderúrgico e minimiza as emissões de CO2.

Também há geração de empregos, dentro da cadeia de coleta e reciclagem desse material.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial