Mochila de plástico reciclado vira lamparina à noite

Esta mochila, inventada pela startup sul-africana Rethaka, é mais que uma bolsa para carregar livros. Não apenas porque ela é toda feita de plástico reciclado, o que já ajuda o ambiente, mas porque ela também vem com lâmpada e painel de energia solar acoplados, o que permite que parte dela seja usada como lamparina à noite.

Em vez de sacolinhas, mochilas para carregar livros e estudar à noite

A lâmpada é carregada enquanto as crianças caminham com a mochila nas costas, durante o dia.

Isso faz diferença em regiões da África onde a eletricidade ainda não chega. Muitas pessoas dependem de lamparinas a querosene para iluminar suas casas à noite, o que faz mal à saúde.

Mais segurança e educação em um produto só

Além disso, a mochila vem com faixas refletivas, o que aumenta a segurança das crianças enquanto elas caminham – muitas vezes por longas distâncias – para ir à escola, com frequência quando ainda está escuro, de manhã cedo.

Batizada de Repurpose Schoolbag, a mochila traz também dignidade às crianças, afirma a empresa. Muitas usam sacolas plásticas para carregar seus pertences e livros. Ter uma mochila e ainda poder ter luz à noite para estudar também é uma forma de garantir que tenham acesso de verdade à educação.

A startup surgiu de um trabalho de design de faculdade de Thato Kgatlhayne e seus colegas de sala, em 2013. O objetivo era resolver três problemas com um só produto: poluição, desemprego e falta de eletricidade.

Empolgados com a ideia, inscreveram o projeto em diferentes prêmios, até que conquistaram a terceira colocação no de inovação social da Fundação SAB. Com o dinheiro, deram início ao empreendimento.

Clique aqui e conheça o projeto As Melhores Soluções Sustentáveis.

As mochilas já ajudaram mais de 10 mil crianças a estudar

A Rethaka aceita doações para produzir e distribuir as mochilas. O site da empresa sugere US$ 50 (R$ 158) para dar uma mochila a uma criança e US$ 750 (R$ 2.365) para doar as bolsas para uma classe de 30 alunos. De acordo com a startup, mais de 10 mil crianças de seis países do continente africano já receberam o produto.

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial