Conheça o embrulho de Natal mais sustentável do mundo

Debaixo da árvore de Natal geralmente há vários presentes embrulhados com lindos papéis coloridos e estampados, além de sacolas com laços voluptuosos. É um cenário de encher os olhos, mas essa grande quantidade de embalagens é rapidamente descartada.

Segundo a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), cada brasileiro gera, em média, 1 kg de lixo por dia, sendo que 41% destes resíduos são destinados a locais impróprios, como lixões. Mudar essa realidade não é tarefa fácil nem rápida.

Mas soluções simples ajudam a reverter este cenário, ainda que de forma modesta. E o Japão tem tradição em uma delas: a Furoshiki. Criada há 1.200 anos, a arte prova que um presente não precisa de embrulhos descartáveis para ser memorável.

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Furoshiki para presente com tecido de bolinhas colorido

Com um pedaço de pano colorido, os artistas japoneses embrulham a lembrança, que é fechada com apenas um nó na parte de cima. Ou seja, sem a necessidade de qualquer fita.

Manual japonês para diversos tipos de furoshikis

Além de o embrulho ficar bonito, o presenteado recebe uma embalagem que pode ser reutilizada em novos presentes. É um cenário em que todos saem ganhando, principalmente o meio ambiente.

O Furoshiki é utilizado também para outros fins no país, como embrulhar, armazenar e transportar objetos. A arte é bastante versátil, de forma que o tecido pode ser transformado facilmente em uma sacola para compras.

Bolsa feita de tecido em arte japonesa

E engana-se quem pensa que o Furoshiki consiste em pegar qualquer pano e embrulhar o presente. Os japoneses são bastante rigorosos e escolhem os tecidos a dedo.

Os ideais são dupla face, com estampas diferentes de cada lado. Também devem ser três vezes maiores que o presente, de forma que o embrulho fique adequado.

Para o embrulho ter um engajamento sustentável ainda maior, também é possível reciclar echarpes e lenços jogados no fundo do armário. Neste caso, é preciso apenas verificar se o tecido atende o tamanho do presente.

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial