Redes de pesca descartadas no mar são transformadas em cadeira

Peça foi projetada por estúdio de arquitetura da Noruega e fabricada com resíduos gerados por empresas que operam no norte do país

Parte das redes de pesca descartadas no mar não são mais um problema para o ambiente. Pelo menos, no mar do Norte. Um estúdio de arquitetura utilizou esse material para fazer uma cadeira vintage – e, de quebra, ainda levou a onda da sustentabilidade para a Semana do Design de Estocolmo, na Suécia, onde foi apresentada.

A cadeira de rede de pesca  S-1500 foi criada pelo estúdio de arquitetura Snøhetta, da Noruega. A costa desse país é banhada pelo mar do Norte, onde a atividade pesqueira ferve – apesar das baixas temperaturas por ali.

Não são apenas as redes de pesca abandonadas que o projeto dessa cadeira recicla. Outros resíduos em sua composição são fornecidos também por indústrias agrícolas do norte da Noruega. Cabos e canos, por exemplo.

A cadeira de rede de pesca é feita de resíduos de empresas do norte da Noruega
Créditos: Reprodução/Snøhetta
A cadeira de rede de pesca é feita de resíduos de empresas do norte da Noruega

Todo esse plástico reciclado é moído, dando origem a uma substância granulada que é injetada em um molde. Assim, surge a cadeira de rede de pesca. Sua estrutura inclui ainda uma parte feita de aço reaproveitado.

O projeto da S-1500 foi inspirado no de uma cadeira norueguesa clássica dos anos 1960, a R-48, desenhada pelo designer modernista Bendt Winge.

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A cadeira de rede de pesca é uma forma de evitar o uso de plástico ‘virgem’
Créditos: Reprodução/Snøhetta
A cadeira de rede de pesca é uma forma de evitar o uso de plástico ‘virgem’

Embora a fabricante de móveis Nordic Comfort Products (NCP) vá produzir a cadeira de rede de pesca em série, é possível dizer que cada peça é única.

Isso porque, ao ser produzida por injeção, o que elimina a necessidade de qualquer trabalho complementar, cada cadeira adquire composições plásticas irregulares que são só suas.

Ou seja, quem adquirir uma S-1500 poderá usá-la para lagartear ao sol sentindo-se exclusivo.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial