Tóquio terá prédio de madeira mais alto do mundo coberto de verde

Será que cidades podem virar florestas? A construtora japonesa Sumitomo Forestry anunciou que construirá o prédio de madeira mais alto do mundo em Tóquio. Com 350 metros de altura e 70 andares, apenas 10% da estrutura desse edifício será de aço, basicamente para a sustentação das colunas. Cada andar terá varandas com árvores e folhagens, conectadas do térreo ao topo, para as pessoas apreciar o ar fresco e a luz do sol filtrada pelo verde.

Arranha-céu será 90% de madeira e resistente a terremotos

O prédio se chamará W350 e, segundo a empresa, é um exemplo de desenvolvimento urbano mais gentil para os humanos. Abrigará apartamentos, lojas e escritórios. E foi projetado para ser resistente a terremotos e incêndios.

O interior terá lojas, apartamentos e escritórios

A empresa acredita que o número de edificações de madeira irá aumentar. Desde 2010, por exemplo, uma lei estabelece que construções públicas japonesas de até três andares devem ser construídos com madeira.

Se houver mais prédios assim e com muito verde, pode-se criar um ambiente agradável não só para os humanos, como também podem fazer parte de um ecossistema maior, que seja melhor para os insetos e pássaros silvestres, contribuindo para a biodiversidade nas áreas urbanas.

A Sumitomo Forestry afirma que quer, assim, construir cidades amigas do meio ambiente e “transformar cidades em florestas”.

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A madeira contribuiria para ter um ambiente urbano mais agradável para humanos, insetos e pássaros

O custo estimado do prédio é de 600 bilhões de ienes (cerca de R$ 18 bilhões), quase o dobro de um prédio convencional. Mas espera-se que esse valor caia conforme as tecnologias de construção forem evoluindo, até 2041, ano da conclusão da obra.

A manutenção do edifício será feita com a substituição das partes de tempos em tempos. As peças substituídas podem ser reprocessadas e reutilizadas como material de construção. O que não puder mais ser aproveitado pode ser queimado para gerar energia de biomassa, afirma a empresa.

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.

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