Veja mostra como Jair Bolsonaro sofre da doença da  paranoia

Para a revista “Veja”, o presidente ‘enxerga conspirações onde elas não existem e elege inimigos imaginários’

Por: Gilberto Dimenstein

A demissão do ex-ministro Gustavo Bebianno mostrou muito mais do que a inabilidade do governo Bolsonaro em lidar com “problemas domésticos”. O episódio revelou a paranoia do presidente em criar “inimigos imaginários” e “enxergar conspirações onde elas não existem”.

Na edição deste fim de semana, a revista “Veja” diz que o presidente Jair Bolsonaro tem mania de perseguição. Isto ficou comprovado com a divulgação do conteúdo dos áudios de WhatsApp  (confira aqui) trocados entre Bebianno e Bolsonaro.

“Bolsonaro deixa entrever que é um líder dado a enxergar complôs e deslealdades em cada esquina e, talvez mais perigoso, apresenta-se como um político que faz questão de cultivar inimigos”, escreveu o jornalista Daniel Pereira.

Estes sinais de paranoia, segundo a Veja, vêm sendo demonstrados desde a campanha –Bolsonaro “reclamava de supostas conspirações orquestradas por inimigos declarados”. Agora empossado, “passou a desconfiar de traições também de integrantes graduados do governo”.

A reportagem da Veja também destaca ainda que, para o presidente, “as repartições públicas estão infestadas de esquerdistas, a imprensa quer derrubar o governo, a Igreja Católica conspira em nível mundial e há militares pensando em se sentar na cadeira do presidente”.