Dimenstein: é injusta a punição à negra com tatoo do Bolsonaro

Erika Canela foi impedida de desfilar pela Unidos de Vila Maria por portar tatuagem em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro
Créditos: Reprodução/Instagram@erikacanelaoficial
Erika Canela foi impedida de desfilar pela Unidos de Vila Maria por portar tatuagem em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro

Como os leitores sabem, não gosto de Bolsonaro.

Digo e repito: considero-o um misto de mediocridade, arrogância e ignorância.

Para quem não sabe, Catraca Livre lançou sozinho a campanha do #BolsonaroNão, inspiração do #EleNão.

Os motivos que me fazem não gostar dele, com sua aversão à diversidade e tolerância, é o que me leva a defender a negra que foi linchada nas redes por estar com uma tatuagem de Bolsonaro.

A musa da escola de samba Unidos de Vila Maria, Erika Canela,  de 27 anos, foi impedida de desfilar diante das reações nas redes sociais.

Fico imaginando se fariam a mesma coisa caso ela estivesse com uma tatuagem de Marielle Franco – e com razão.

Pesou contra ela, no caso, ser negra – e um negro não poderia gostar do Bolsonaro.

OK. Mas é a opinião dela – e tem de ser respeitada.

O melhor que podemos fazer para nossos adversários é nos parecermos com ele.