Dimenstein: guru de Bolsonaro ri com assassinato de brasileiros

Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, deu uma entrevista a Brian Winter, editor da mais importante publicação do mundo que cobre as americas: Americas Quartely.

Nem conhecida o jornalista nem a importância da publicação. Não imaginava, porém, a repercussão de um comentário.

Winter compartilhou sua maior preocupação com Bolsonaro: que seu governo pudesse atropelar instituições democráticas e causar a morte de numerosas pessoas inocentes.

Ele citou o lamento freqüente de Bolsonaro de que o “maior erro” da ditadura brasileira de 1964-1985 foi “torturar (pessoas) em vez de matá-las”.

Carvalho riu. “Você sabe, às vezes eu penso assim.” “Oh, Olavo, por favor”, devolveu o jornalista.
 
“Nós vemos toda a miséria que esses caras criaram. Olha, quantos comunistas estavam lá no Brasil naquela época? 20.000? Você mata 20 mil pessoas naquela época e economizaria 70 mil brasileiros por ano”, disse Olavo.
 
“Os americanos são pessoas idealistas com bom coração”, respondeu ele. “Eles acreditam que outros povos são iguais. Bem, deixe-me dizer uma coisa: Fora deste país, há apenas filhos de puta”.

Quando seu perfil foi publicado, ele descobriu a importância mundial daquela revista e de seu editor.  Tentou remediar, dizendo que era apenas uma piada.

Chamou o jornalista de “palhaço”  e passou atacar seu amigo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Olavo de Carvalho já teve um instituto de filosofia nos Estados Unidos. Foi fechado quando traduziram alguns de seus pensamentos para o inglês, com ofensas e palavrões a evangélicos.