Dimenstein: Sérgio Moro é desonesto, burro ou muito vaidoso?

General Mourão revela que o convite a Moro foi feito durante a campanha eleitoral

Não precisa ser um gênio para antecipar o carnaval que o PT vai fazer se Sérgio Mouro aceitar mesmo, como tudo indica,  ser ministro da Justiça.

Era o argumento que o partido queria – sonhava, talvez – para atacar a Lavo Jato, acusando-a de estar a serviço de projetos eleitorais.

Afinal, foi graças a Moro que Lula, o candidato que estava em primeiro lugar nas pesquisas,  foi preso e ficou de fora das eleições.

Na prática, ele ajudou eleitoralmente Bolsonaro.

O general Mourão comentou ontem que as sondagens a Moro começaram na campanha, feitas por Paulo Guedes.

Lembremos o seguinte fato: nas vésperas do primeiro turno, Moro soltou trechos da delação de Antonio Palocci, servindo como munição.

É tão óbvio que tudo isso que sobra apenas uma pergunta: Moro é burro, desonesto ou muito vaidoso?

O problema da vaidade é quando ela fica maior do inteligência.

Se aceitar mesmo o Ministério, ele já começa com a credibilidade abatida – e , pior, lançando suspeitar sobre seu excepcional trabalho na Lava Jato.

É, em resumo, uma boa notícia para os corruptos.