Folha: Partido de Bolsonaro é contra as leis anticorrupção

Segundo a Folha, as ações estão tramitando e não se admite desistência

A oposição está mais perto do que Jair Bolsonaro imagina. O seu partido, o PSL, questiona no Supremo Tribunal Federal medidas anticorrupção. Tal atitude  vai na contramão do discurso que elegeu o presidente.

 
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Reportagem de Folha deste domingo revela que a sigla –envolvida no escândalo das candidaturas laranja—“contesta a lei que tipifica o crime de obstrução de Justiça, regula as delações, as punições a empresas por atos contra a administração pública e a prisão temporária”.

As ações estão tramitando e não se admite desistência, segundo a reportagem.

Essas ações vão na contramão do discurso anticorrupção que elegeu o Bolsonaro e do pacote proposto pelo ministro Sergio Moro, divulgado há quase duas semanas.

A proposta, que deve ser levado ao Congresso nesta semana, altera 14 leis de dispositivos como o Código Penal e o Código Eleitoral.

Segundo a reportagem da Folha, “duas ADIs (ações diretas de inconstitucionalidade), contrárias às leis anticorrupção, foram ajuizadas no Supremo pela sigla em 2015 e 2016. A terceira, contra as prisões temporárias, é de 2004 —antes, portanto, de Bolsonaro se filiar para concorrer à Presidência da República, em 2018”.