Novas regras fariam governo Bolsonaro passar vergonha no Youtube

Transformadas em alvo por disseminar não apenas Fake News mas até informações prejudiciais à saúde, as redes sociais tentam se adaptar criando filtros e até contratando seres humanos para fiscalizar o conteúdo.
Uma decisão do Youtube seria capaz de afetar muitas personalidades importantes por divulgarem teorias conspiratórias, mentiras científicas ou curas miraculosas.

“Para isso, começaremos a reduzir as recomendações de conteúdos no limite do que as políticas de uso permitem e conteúdos que possam desinformar os usuários de maneiras prejudiciais”, declarou a empresa.

YouTube cita exemplos: “vídeos promovendo uma cura milagrosa falsa para uma doença grave, que aleguem que a Terra é plana, ou que fazem afirmações descaradamente falsas sobre eventos históricos como o 11 de Setembro”.

Os vídeos não serão censurados. Mas seu alcance será abatido.

Não falta no governo e entre seus aliados que disseminam ideias reprovadas pelo Youtube: ataques à vacinação, teorias mirabolantes sobre aquecimento global, marxismo cultural.

Vídeos de Olavo de Carvalho, para quem cigarro não faz mal para a saúde, de Damares Alves, que afirma que gays querem tirar a Bíblia de circulação, de Ernesto Araújo sobre como a esquerda estimula a erotização de crianças, não passariam pelo crivo do Youtube.

O próprio presidente Bolsonaro dissemina várias dessas teorias, como o de que o globalismo seria um complô das esquerdas.