Veja prova que Jair Bolsonaro é um idiota com nós, jornalistas

Essa reportagem de capa da revista Veja é mais uma prova de como Jair Bolsonaro é um idiota – isso mesmo, idiota – com os jornalistas.

É uma matéria elogiosa sobre como a reforma da previdência é boa para o país, apesar de seus defeitos pontuais.

A reportagem toca no ponto mais importante para vencer a guerra de comunicação da reforma da prevdência: mostrar que os privilégios estão sendo enfrentados.

A Veja apenas reforça o que aconteceu nessa semana: os principais veículos de comunicação do país foram os que melhor explicaram e defender a reforma da previdência.

A questão mais importante para o governo Bolsonaro, neste momento, é a reforma da previdência.

Se não for aprovada, o Brasil vai explodir numa crise econômica.

Podem apostar: a palavra impeachment vai voltar a circular.

É uma reforma impopular – e foi impopular em todos os países do mundo que tiveram que mexer nas aposentadorias para evitar o colapso das contas públicas.

Quem está ao seu lado neste momento enfrentando a polêmica?

Os militares e políticos? Os sindicatos? Os eleitores que o elegeram? Os funcionários públicos?

Não: quem está ao seu lado são justamente aqueles a quem Bolsonaro chama de inimigos, que teriam interesse em derrubá-lo.

São os principais veículos de comunicação como Veja, Globo, Folha ou Estadão.

Basta ler seus editoriais e principais comentaristas.

Há críticas pontuais. Exemplo: prejudicar os mais pobres que se aposentam, exigindo que tenham 70 anos de idade.

Mas, em essência, o apoio é quase unânime.

Mesmo sabendo que a reforma não é popular.

Estão do seu lado porque estão ao lado da racionalidade – e do Brasil.

Sabemos que sem a reforma da previdência Bolsonaro quebra – mas o país também quebra.

Eu mesmo estou apanhando pelo vídeo que fiz defendendo a reforma.

Aliás, sou dos que acham que a reforma não pode prejudicar os mais pobres, cortados em seu benefício depois dos 65 anos – passariam a ganhar apenas R$ 400,00.

Não faz mal. Não me arrependo de apanhar pelo o que acredito.

Não gosto de Bolsonaro.

Mas gosto do meu país – e sei fazer contas, vendo que, sem a reforma, os pobres serão os maiores prejudicados.