Aos 65 anos, atleta se diz viciada em IronMan

A cena de um maratonista parando a cada 20 minutos para enxugar o suor que escorria nas próteses de suas duas pernas para depois cruzar a linha de chegada de uma prova de IronMan mexeu profundamente com a atleta Sunny McKee, em 2007. “Eu disse: puxa, se uma pessoa como ele pode fazer, talvez eu também possa.”

Aos 61 anos, ela estreou em competições de alta resistência: correu 42 km, pedalou 180 km e nadou 4 km, tudo num mesmo dia. “Eu tenho mais energia que meus filhos e meus netos”, conta. Sunny diz que a idade joga a favor porque o segredo para ser bem sucedido em provas intensas é treinar a resistência mental tanto quanto o preparo físico.

Em algumas provas, como a Race Across America, um percurso cruzando 4.800 quilômetros de um litoral ao outro dos Estados Unidos em dez dias, os competidores têm pouco tempo para dormir. Isso provoca variações brutais de humor, o que muitos competidores jovens não suportam.

Para quem pensa em se aventurar no IronMan, a atleta dá uma dica. “Se você está apenas começando, é importante ter um treinador que sabe o que está fazendo. Se você seguir o que ele disser, será bem sucedido.”

“O corpo humano é algo fantástico e continua podendo ser treinado durante toda a vida”, disse à BBC Keith George, especialista em ciência do desporto e exercício da Universidade Liverpool John Moores. “As pessoas podem acabar correndo mais devagar ou demorar mais para se recuperar, mas não existe necessidade de parar depois de certa idade.”

Por QSocial

*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.