ONG usa botox no tratamento de pacientes com paralisia cerebral

Muito utilizado com objetivos estéticos, o botox (nome comercial de uma substância chamada toxina botulínica) agora será usado para melhorar a qualidade de vida de pacientes com paralisia cerebral.

A Associação Cruz Verde vai utilizar aplicações de botox no tratamento inédito de pacientes que sofrem de espasticidade –distúrbio do controle muscular que acarreta aumento do tônus com prejuízo funcional: limitação dos movimentos, propensão a deformidades. A medicação ainda auxilia no controle da sialorréia (excesso de saliva). 

O botox será usada para tratar pacientes com espasticidade decorrente da paralisia cerebral

O botox age no músculo injetado, relaxando-o e aprimorando o controle motor, podendo auxiliar na realização de atividades, melhora de posicionamento e higiene, com consequente diminuição dos sintomas dolorosos e aumento da autonomia sobre as atividades diárias. Pode evitar tanto deformidades osteoarticulares como procedimentos cirúrgicos ortopédicos para corrigi-las.

De acordo com a ONG, o tratamento tem por objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes, orienta e dar suporte as famílias, prevenir deformidades e prover a máxima independência funcional para cada paciente. Esse trabalho é feito através de terapias e ajuste de medicações.

“A aplicação da toxina botulínica permite melhor controle da espasticidade, auxilia a prevenção de deformidades e pode melhorar o desempenho do paciente nas suas atividades de vida diária, além de facilitar higiene e posicionamento em órteses e cadeira de rodas”, explica a Mônica Calazans Cherpak, médica fisiatra da da associação. Segundo ela, para este tipo de tratamento, a reaplicação é feita, em média, a cada seis meses, variando de acordo com o paciente.

O tratamento é destino apenas aos pacientes atendidos pela Cruz Verde. Mas segundo a ONG, serão destinadas oitos vagas para pacientes encaminhados pela rede pública.

Informações: (11) 5579-7335 ou e-mail: cruzverde@cruzverde.org.br.