Estudo sugere que memória pode ser restaurada por luz

Um estudo publicado na revista científica norte-americana ‘Science’ constatou que as memórias ‘perdidas’ se escondem no cérebro esperando para ser encontradas novamente. Os pesquisadores fizeram o teste em camundongos para chegar aos resultados.

De acordo com o documento, os animais foram capazes de reativar memórias que eles próprios haviam reprimido, indicando que a amnésia retrógrada –aquela que as memórias são perdidas após um trauma cerebral– pode ser um problema de recuperação de memória do que uma perda real de dados.

Pesquisa concluiu que camundongos podem ter memórias reprimidas

Como forma de comprovar o estudo, os pesquisadores utilizaram a técnica optogenética, que consiste em selecionar os neurônios específicos e introduzir uma proteína especial neles por meio de um vírus artificialmente projetado. Quando a proteína atua nas células do cérebro, estas células ficam sensíveis à luz azul. O fator permite que os pesquisadores ‘liguem e desliguem’ determinados neurônios à vontade.

Para isso, eles criaram uma ‘memória ruim’ aplicando choques elétricos nos camundongos em uma câmera de choque. Eles identificaram quais neurônios foram estimulados pelo choque quando os ratos reviveram a memória e os tornaram sensíveis à luz, fazendo com que as memórias desaparecessem.

Como se esperava, os ratos pararam de ter medo da câmera de choque – até que os pesquisadores utilizaram a luz azul para ativar os neurônios que eles sabiam estar armazenando a memória reprimida.

Com isso, o estudo sugeriu que as memórias ‘perdidas’ podem deixar engramas ativos no cérebro. No entanto, os resultados não representam uma cura para humanos com amnésia em breve.