Pais criam ONG de educação ambiental na Amazônia

De olho nas conseqüências do potencial turístico da pequena Alter do Chão, no Estado do Pará, moradores resolveram se juntar e criar ações  para ajudar a preservar esse que é o maior aquífero de água potável do mundo.

“Era muito chocante para nós quando a própria prefeitura cortava as árvores das ruas para receber turistas durante as datas festivas”, conta a bióloga Alessandra Saraiva Faria, 40.

 

Ela e outros pais fundaram a ONG Vila Viva com o intuito de desenvolver com a própria comunidade programas de educação ambiental.

“Tínhamos muito carinho pelo lugar e queríamos devolver isso de uma forma produtiva”, diz a bióloga.

As primeiras atividades da entidade foram incentivar o plantio de árvores. Depois ampliaram o  estímulo à leitura por meio da biblioteca comunitária que conta hoje com mais de seis mil livros e ainda implantaram aulas de reforço escolar com metodologias alternativas.

Na parte artística, pessoas de todas as idades puderam participar pela primeira vez de aulas de circo, teatro e contação de histórias.

“Foi muito perceptível o desenvolvimento criativo das crianças e muitos jovens passaram a fazer parte do diretoria da ONG, dando continuidade ao trabalho”, diz Faria.

Atualmente, além de aulas de dança e música, há projetos relacionados a plantas medicinais, proteção das comunidades tradicionais indígenas e ainda  uma parceira com a UFOPA (Universidade Federal do Oeste do Pará). Em fevereiro a ONG também iniciou um novo projeto após ganhar um  edital do Leitura para Todos da Biblioteca Nacional.