Pesquisadores divulgam primeiras fotos de corais da Amazônia

Pesquisadores de diversas universidades brasileiras e do Greenpeace divulgaram as primeiras imagens do recife de corais da Amazônia, descoberto em abril do ano passado.

O local, que fica na foz do rio Amazonas, tem 9,5 mil km² –uma área 20% maior que a região metropolitana de São Paulo– e está a 100 km do litoral do Amapá.

Fotos mostram peixes e estrutrura de corais e esponjas na costa do Amapá

Os pesquisadores estão a bordo do navio Esperanza, considerado o maior barco ecológico do Greenpeace, com capacidade para 40 pessoas.

O objetivo da expedição é alertar sobre os perigos da exploração de petróleo na região.

Estruturas são compostas na maioria por esponjas, corais e rodolitos

“Esses corais são um novo bioma, um bioma único no mundo, porque eles estão localizados em uma região, uma área onde não se pensava [ser] possível a existência de corais como esses. E esse novo bioma já nasce ameaçado”, disse Thiago Almeida, do Greenpeace.

Segundo ele, a perfuração e exploração de petróleo na região pode começar ainda este ano e “toda atividade petrolífera traz consigo o risco de um derramamento de petróleo”.

Ronaldo Francini Filho e John Hocevar fazem o primeiro mergulho no submarino

De acordo com o ambientalista, em caso de um vazamento, não só os corais estariam ameaçados, mas as comunidades tradicionais da região, incluindo pescadores, extrativistas, quilombolas e indígenas, que dependem da costa brasileira para sobreviver, seriam gravemente afetados.

O submarino foi lançado do navio com o cientista Fabiano Thompson, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e Kenneth Jozeph Lowick, do Greenpeace da Bélgica.

O pesquisador brasileiro liderou o grupo que descobriu o recife de corais na foz do rio Amazonas.

Com informações da Agência Brasil e do Greenpeace