Programa de aceleração propõe metodologia colaborativa

Novas formas de aprender a empreender é o que propõe a Autoaceladora, uma tecnologia de código aberto criada para motivar o empreendedorismo. A ideia nasceu da reunião de três amigos entusiastas das startups que mesmo com experiências educacionais e profissionais diferentes organizaram uma série de dinâmicas, materiais de referência, formatos de encontros e rede para ser aplicada em contextos diferentes para o desenvolvimento de novos negócios.

“Nossa inspiração vem bastante da economia da abundância e da percepção de que mais e mais pessoas estão tentando produzir iniciativas disruptivas”, explica Rafael Ucha, um dos criadores. “Do outro lado, as pessoas começam a questionar quais são as reais motivações e ambições para se ter um negócio, quais são as habilidades demandadas e desafios relacionados a essa jornada.”

Junto com Mateus Bagatini e Renato Russo, o empreendedor iniciou o projeto piloto que conta com um ciclo de seis encontros onde são compartilhados desafios e habilidades de cada participante. Há também a participação de especialistas externos que entregam conteúdo e também propõem dinâmicas e tarefas para a casa.

“Nesses encontros, passamos por quatro quadrantes de uma mandala, que abordam os segmentos que demandam atenção na implementação de um projeto: biz (que compreende modelo de negócio, comercial/vendas, “funding), UX (design, produto/ serviço, code /web), burô (finanças, contábil, aspectos legais) e branding (propósito, comunicação e estratégia de lançamento)”, explica.

“Além desses encontros fechados promovemos um ‘Jam’ em que os participantes abrem seus projetos ao público, sem a necessidade de haver trocas financeiras”.

Para o grupo há uma mudança de cenário onde as hierarquias são questionadas. “Estamos longe de ser iconoclastas, pois isso tudo ainda é muito novo e ainda estamos compreendendo a magnitude, dinâmicas e relações estabelecidas nesse contexto. Mas queremos explorar ao máximo o potencial das trocas entre pares, do suporte de pessoas que têm mais experiência, da busca por empatia, colaboração e experimentação”.