Aposentado fez do paraquedismo esporte semanal

Amanhã, 29, o aposentado Armando Garcia já sabe o que pedir quando apagar as velinhas de seu bolo de aniversário de 65 anos: muitos anos para saltar de paraquedas. Não uma ou duas vezes ao ano, mas toda semana, como tem feito.

Em 2012, em uma viagem com a família, passou de carro por Boituva, no interior de São Paulo, onde se reúnem paraquedistas de todo o Estado. Ficou encantado e decidiu experimentar qual seria a sensação do salto.

Matriculou-se em um curso, aprendeu o básico e preparou-se para saltar. Mas, da primeira experiência, ele guardou muito pouco.

“Deu medo. Quando a porta do avião abriu, fechei os olhos”, ri. Só resolveu olhar alguma coisa quando o instrutor acionou o paraquedas.

Pegou gosto pela adrenalina e formou-se para poder saltar sozinho. Também deixou os olhos abertos em todos os outros saltos.

Presença frequente nos fins de semana, Armando ganhou apelido dos colegas: Leôncio. “Ninguém me conhece pelo meu nome. Me chamam assim por causa do bigode, que é igual ao do leão-marinho do [desenho animado] Pica-Pau.”

Quem o acompanha “de vez em quando” é a mulher, Lucimara. Mas ela só observa, sem saltar. Os três filhos do casal também não aderiram ao esporte de alto risco.

“Ela acha que sou maluco”, revela. “Fica nervosa porque são várias aeronaves decolando ao mesmo tempo, e ela não sabe em qual estou, se está tudo bem, se já estou em solo.”

Segundo Armando, o voo mais emocionante foi no que conquistou sua maior velocidade: 263 km/h. A média é 230 km/h. Seu recorde pessoal o motivou a tentar 300 km/h, que passou a ser sua meta.

Mesmo com o joelho torcido, lembrança de sua última aterrissagem, na semana passada, ele diz que vai saltar novamente no próximo fim de semana. “É para comemorar meu aniversário de 65 anos.”

Por QSocial

*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.