Baccarelli 20 anos: Yaminah Martins, 10, entre a trompa e o canto

06/12/2016 00:00 / Atualizado em 07/05/2020 04:31

Em comemoração aos 20 anos do Instituto Baccarelli, organização sem fins lucrativos, o Quem Inova mostra a história 20 alunos e ex-alunos. A personagem de hoje é Yaminah Martins dos Santos, que aos 10 anos vive o dilema entre tocar trompa ou cantar.

A entrevista é com a pequena Yaminah Martins dos Santos, de apenas 10 anos de idade. Mas a pergunta quem faz é ela: você já teve um sonho que se realizou? A resposta é afirmativa. “Eu quero que os meus se realizem também.” Pode contar um deles? “Eu sempre sonhei em aparecer na televisão”. Fazendo o que? “Cantando”. Por que? “Porque quando a gente canta, a gente sente liberdade no coração”.

Yaminah tem cantado desde que a memória alcança. “Minha família tem o espírito da música. Sempre que a gente viaja de carro, fica todo mundo cantando”. Não é à toa que, há um ano, quando entrou no Instituto Baccarelli, não teve problema nenhum em “soltar a voz”. Quando conversamos, estava chegando o dia de se apresentar na escola. “Eu vou cantar uma música em inglês.” E não vai ter vergonha? “Eu fico um pouco, mas quando começo a cantar, eu me sinto tão livre que é como se eu estivesse sozinha em casa. Aí me solto e sinto alegria em poder cantar.”

Há dois meses, o canto passou a dividir espaço com o violino. Foi ela que escolheu o instrumento, “é o que mais aparece na televisão”. Mas então lhe apresentaram a trompa. “O som, a forma de tocar, achei bem interessante”, ela explica. Com o final do ano chegando, vai dar uma pausa nos estudos. Mas já tem planos. “O Natal este ano vai ser perfeito, com toda a família.” E muita cantoria, claro.

https://www.youtube.com/watch?v=6m3OYT7Wm_o

Quando pensa no futuro, entre a trompa e o canto, Yaminah está dividida. “Você já foi na Sala São Paulo? Eu vi a orquestra tocar lá e acho que eles se sentem felizes de se apresentar em público. Mas eu quero ser uma cantora famosa também. Cantar todas as músicas do mundo”. A escolha é dela, claro. Mas a torcida é nossa, para que seus sonhos, sejam eles quais forem, possam se realizar. Sempre.

Por João Luiz Sampaio