O chefe de cozinha britânico Fergus Handerson foi diagnosticado com Parkison em 1988. Aos pouco foi perdendo os movimentos das mãos, que o impossibilitavam de ter a mesma agilidade dos anos anteriores. Em 2000, Handerson teve que parar de preparar pratos inusitados. Foi só com uma operação de estimulação profunda do cérebro, realizada em 2005, que parte dos movimentos foram recuperados.

Hoje, o restaurante St. John, no bairro de Smithfield, em Londres, está na lista dos 100 melhores do mundo, de acordo com a revista “Restaurant”. Embora possibilitado de trabalha, ele não deixa de ir todos os dias ao local para ensinar as suas técnicas de cozinha.

Apesar das limitações, o chef vai ao restaurante todos os dias (Imagem: Reprodução)

Impresso em uma folha de papel sulfite, o cardápio muda diariamente. Não traz nenhum prato de cozimento fácil. Lá cozinha-se partes dos animais normalmente descartadas. Rim, coração bovino, língua de cordeiro e orelha do porco.

Fergus reúne algumas de suas receitas em uma série de livros sem tradução para o português. O chamado ‘Noseto Tail Eating: A Kind of British Cooking’, lançado primeiramente em 1999, ensina aos leigos na cozinha a reaproveitar partes de aninais que normalmente iriam para o lixo em suas refeições diárias.