Empresa cria recifes artificiais para prática de surfe no litoral do Rio
O litoral de Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, ganhará em 2015 uma plataforma de recife artificial. Ainda neste semestre, a prefeitura abrirá licitação para a construção do empreendimento, cuja técnica é pioneira em todo o mundo.
O projeto foi desenvolvido pela Arrecifes Artificiais Multifuncionais. Nascida em 2005, a companhia faz parte da incubadora de empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O engenheiro Luiz Guilherme, presidente do Arpoador Surf Clube, durante a apresentação do projeto em Maricá[/img]
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“Todos eles [recifes artificiais] perderam a forma por algum motivo”, destaca Andrade. “Além disso, esses materiais deixaram problemas ambientais porque não podem ser mais removidos do fundo d’água.”
Para resolver o problema, o projeto da empresa incubada na Coppe prevê o uso de plataformas móveis. Cascos de aço com tanques internos para lastro, elas serão construídas em estaleiros e podem ser deslocadas, com flutuação própria, até o local de submersão e de ancoragem.
O sistema de lastro permitirá que as plataformas móveis sejam reinstaladas em outro local ou até retiradas de forma definitiva. “Basta injetar ar, que a plataforma boia e é levada embora”, explica Andrade. Pelo fato de serem feitas de aço e ficarem sempre sob a água, a durabilidade das plataformas é elevada, estimada em pelo menos 35 anos.
Em Maricá, as estruturas ficarão a 60 metros da praia, com expectativa de gerar ondas perfeitas para surfe durante todo o ano. O projeto também está aberto a investimentos do setor privado.
Segundo Maurício Andrade, o turismo resultante da prática do surfe movimenta em torno de US$ 7 bilhões por ano em todo o planeta, dos quais parte pode ser atraída para o país por meio de recifes artificiais.
Via Agência Brasil