Ensaio mostra resistência indígena contra hidrelétrica na Amazônia

A política energética no Brasil passou a ser assunto recorrente a partir das diversas manifestações e publicações sobre a construção de grandes hidrelétricas como a de Belo Monte, no rio Xingu, que começou em 2011.

Artistas, ambientalistas, ativistas se sensibilizaram com a questão que toca na preservação dos territórios indígenas bem como na preservação de áreas ambientais que são alagadas por esse tipo de empreendimento.

Às vésperas do início da construção do complexo de hidrelétricas no Tapajós, os indígenas da etnia munduruku, chamado de cortadores de cabeça, declararam guerra contra o governo, dizendo que vão lutar até a morte para salvar o rio e a floresta onde vivem. A fotógrafa Rachel Geep, que mora no Pará, se impressionou com a história e criou um ensaio com as imagens que presenciou na aldeia.

“Me inspirei com a potencialidade da resistência desse povo. As imagens revelam a impressionante força nos olhos dos Munduruku desde muito pequenos para defender a Amazônia”, conta.

“No ato de tornar aparente a linha imaginária que delimita seu território, os Munduruku tentam escapar da invisibilidade que está sendo imposta pelo governo e demarcando por conta própria seu território. Uma forma de exigir reconhecimento não apenas de seu território como de seus direitos.”

Geepe busca por meio do ensaio tornar essa luta visível e assim atrair mais apoiadores da causa. Quem quiser saber mais pode visitar o blog feito pelos próprios indígenas: www.autodemarcacaonotapajos.wordpress.com