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Especialistas apontam inovações nos negócios de impacto

Integrantes da Força Tarefa Brasileira de Finanças Sociais destacam a estruturação do setor e o interesse de investidores como as principais inovações dos negócios de impacto.

“O campo hoje se vê como um ecossistema colaborativo e com uma melhor compreensão dos gargalos e das alavancas que precisam ser movidas juntas. Assim, já vemos diferentes atores nascendo, seja representando oferta, demanda, intermediários ou apoiando a construção de um macroambiente regulatório”, afirma Célia Cruz, do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE).

O olhar dos investidores também mudou, aponta ela. “Da mesma forma que estamos vendo quem quer empreender com propósito, estamos vendo um grupo crescente de famílias e investidores que querem alocar parte de seu portfolio em produtos ou fundos de investimento que gere impacto social, além do retorno financeiro. E foi este movimento inovador que inspirou a 1ª Recomendação da Força Tarefa, onde nossa meta é que famílias de alta renda aloquem de 1% a 3% do seu patrimônio em [negócios de] impacto.”

Outro ponto é a atenção aos intermediários que estão nascendo ou se fortalecendo, como aceleradoras, incubadoras e organizações de avaliação de impacto. “Todas essas organizações precisam aparecer mais, conversar com a mídia e com o setor”, avalia Célia.

Andre Degenszajn, secretário-geral do Gife e membro da Força Tarefa, diz que o próprio campo dos negócios sociais é, em si, uma novidade. “Além disso, a estruturação do setor é um destaque: fundo de investimentos, incubadoras, aceleradoras, pesquisadores que dão suporte ao setor. A estruturação dos alicerces para os empreendimentos com propósito é uma inovação, e a Força Tarefa é um desses esforços, pois traz a percepção de que precisam se preparar para que se desenvolvam.”

Para Leonardo Letelier, da Sitawi, “há um ganho na qualidade da discussão ao incorporar sob o mesmo guarda-chuva negócios de impacto com e sem fins de lucro (nesta última categoria estão negócios rentáveis gerenciados a partir de organizações sociais)”.

“Complica um pouco a discussão, mas fica mais rica e foge do tradicional ‘um deles é o bom/certo e o outro é o ruim/errado’. Apontaria também mecanismos inovadores como os Social ImpactBonds (ou Títulos de Impacto Social), que a Sitawi está desenvolvendo no Brasil, com apoio do BID e da Social Finance UK.”

Por QSocial